Desloquei-me ao Pavilhão Dr. Eduardo Mansinho - Tavira, local de treinos e jogos da equipa Campeã do Algarve a Casa do Povo Sto. Estevão, onde fui recebido de uma forma muito simpática e acolhedora. Tenho que agradecer desde já ao Presidente José Barradas, a Tomás Viegas e toda a equipa, a disponibilidade que demonstraram para que esta entrevista fosse possível.
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Tomás a vossa equipa inicialmente não foi encarada como uma das candidatas ao titulo, mas com o decorrer da prova, os adversários foram mudando a forma como vos viam e começaram a olhar para a vossa equipa como uma séria candidata na luta pelo titulo Algarvio?
TOMÁS VIEGAS: É uma verdade o projecto inicial era aproveitarmos os miúdos que tínhamos cá e fazermos um trabalho de forma a que daqui a 2 anos conseguíssemos ter uma base, que compreendesse o meu modelo de jogo... Mas sou sincero e de inicio quando comecei e com uma pré-época que tivemos péssima eu cheguei a comentar com alguém que se não descêssemos já era bom, só que felizmente as coisas foram andando, foi evoluindo e a equipa cresceu imenso, mas ainda tem muito para crescer, estamos muito longe daquilo que eu pretendo e para ser campeão do Algarve, digo sinceramente, que se calhar existem equipas muito mais apetrechadas de que nós, mas isto é um campeonato, tem que se manter uma regularidade e nós fomos ganhando os nossos jogos, fomos aproveitando os deslizes dos outros e terminámos em primeiro e penso que justamente.
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Eu recordo-me que em Janeiro, no dia 7, quando publiquei a entrevista que fiz (ao Tomás) tinha feito referência que ainda faltava alguma experiência a esta equipa, porque os conceitos ainda não estavam bem adquiridos, mas pelos visto essa inexperiência, não foi vital para conseguirem o desejado titulo?
TOMÁS VIEGAS: Costuma-se dizer que não há campeão sem sorte e nós em algumas situações tivemos aquela pontinha de sorte. Porque existem coisas ainda... se analisarmos o jogo e o vermos ao pormenor, ainda existem falhas que são totalmente inadmissíveis numa equipa que quer ser campeã e que quer alcançar outros voos, mas vamos ver se isto não nos irá pagar caro, toda esta juventude, toda esta euforia... ainda neste ultimo jogo que tivemos frente ao Centro Alte, houve muita euforia, muito peito aberto e se calhar pensaram que só as camisolas chegavam para ganhar o jogo... e era um jogo que teoricamente era de ganhar, se o tivéssemos encarado como encaramos os outros, só que ouve algum desleixo, mas também se compreende... os miúdos - alguns de primeiro ano de seniores - conseguirem logo ser campeões e isto quer queiramos, quer não, sobe logo à cabeça e mexe um pouco com eles, como mexeu. Fizemos talvez a nossa pior primeira parte da época, incluindo, se calhar alguns jogos da pré-época. Mas a segunda parte foi diferente, tivemos outra atitude, aproximamo-nos um pouco daquilo que fomos ao longo da época. Mas mesmo assim cometemos muitos erros... depois de estarmos na frente do marcador, onde podíamos controlar o jogo... voltamos a cometer mais um erro... onde só houve um jogador (do alte) que acreditou que o nosso guarda-redes podia defender e foi à recarga e marcou. Mas vamos continuar a trabalhar, falta um jogo, que é aqui na nossa casa, e vamos tentar ganhar esse jogo.
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Qual foi o momento chave que o Tomás sentiu, que o sonho se poderia tornar realidade e chegarem a campeões do Algarve?
TOMÁS VIEGAS: Sinceramente, faltando 5 a 6 jornadas, senti e comecei realmente a envolver-me um pouco nisto e começar a acreditar. Tivemos um percalço, que foi a derrota em Lagos, em que pensei isto vai-se complicar, mas felizmente nesse fim de semana ou outros também não ganharam, houve um que apenas empatou... mas na semana seguinte, nós conseguimos ganhar e os outros escorregaram todos, e nós aproveitamos a embalagem e no jogo aqui em casa com o S. Pedro, mesmo que a Casa do Benfica tivesse ganho, faltava-nos um ponto, acredito que este empate no Alte, se tivéssemos necessidade de ganhar, teríamos encarado o jogo de outra forma e se não fossemos campeões a 2 jornadas do fim seriamos na seguinte...
TOMÁS VIEGAS: É uma verdade o projecto inicial era aproveitarmos os miúdos que tínhamos cá e fazermos um trabalho de forma a que daqui a 2 anos conseguíssemos ter uma base, que compreendesse o meu modelo de jogo... Mas sou sincero e de inicio quando comecei e com uma pré-época que tivemos péssima eu cheguei a comentar com alguém que se não descêssemos já era bom, só que felizmente as coisas foram andando, foi evoluindo e a equipa cresceu imenso, mas ainda tem muito para crescer, estamos muito longe daquilo que eu pretendo e para ser campeão do Algarve, digo sinceramente, que se calhar existem equipas muito mais apetrechadas de que nós, mas isto é um campeonato, tem que se manter uma regularidade e nós fomos ganhando os nossos jogos, fomos aproveitando os deslizes dos outros e terminámos em primeiro e penso que justamente.
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Eu recordo-me que em Janeiro, no dia 7, quando publiquei a entrevista que fiz (ao Tomás) tinha feito referência que ainda faltava alguma experiência a esta equipa, porque os conceitos ainda não estavam bem adquiridos, mas pelos visto essa inexperiência, não foi vital para conseguirem o desejado titulo?
TOMÁS VIEGAS: Costuma-se dizer que não há campeão sem sorte e nós em algumas situações tivemos aquela pontinha de sorte. Porque existem coisas ainda... se analisarmos o jogo e o vermos ao pormenor, ainda existem falhas que são totalmente inadmissíveis numa equipa que quer ser campeã e que quer alcançar outros voos, mas vamos ver se isto não nos irá pagar caro, toda esta juventude, toda esta euforia... ainda neste ultimo jogo que tivemos frente ao Centro Alte, houve muita euforia, muito peito aberto e se calhar pensaram que só as camisolas chegavam para ganhar o jogo... e era um jogo que teoricamente era de ganhar, se o tivéssemos encarado como encaramos os outros, só que ouve algum desleixo, mas também se compreende... os miúdos - alguns de primeiro ano de seniores - conseguirem logo ser campeões e isto quer queiramos, quer não, sobe logo à cabeça e mexe um pouco com eles, como mexeu. Fizemos talvez a nossa pior primeira parte da época, incluindo, se calhar alguns jogos da pré-época. Mas a segunda parte foi diferente, tivemos outra atitude, aproximamo-nos um pouco daquilo que fomos ao longo da época. Mas mesmo assim cometemos muitos erros... depois de estarmos na frente do marcador, onde podíamos controlar o jogo... voltamos a cometer mais um erro... onde só houve um jogador (do alte) que acreditou que o nosso guarda-redes podia defender e foi à recarga e marcou. Mas vamos continuar a trabalhar, falta um jogo, que é aqui na nossa casa, e vamos tentar ganhar esse jogo.
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Qual foi o momento chave que o Tomás sentiu, que o sonho se poderia tornar realidade e chegarem a campeões do Algarve?
TOMÁS VIEGAS: Sinceramente, faltando 5 a 6 jornadas, senti e comecei realmente a envolver-me um pouco nisto e começar a acreditar. Tivemos um percalço, que foi a derrota em Lagos, em que pensei isto vai-se complicar, mas felizmente nesse fim de semana ou outros também não ganharam, houve um que apenas empatou... mas na semana seguinte, nós conseguimos ganhar e os outros escorregaram todos, e nós aproveitamos a embalagem e no jogo aqui em casa com o S. Pedro, mesmo que a Casa do Benfica tivesse ganho, faltava-nos um ponto, acredito que este empate no Alte, se tivéssemos necessidade de ganhar, teríamos encarado o jogo de outra forma e se não fossemos campeões a 2 jornadas do fim seriamos na seguinte...
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Na entrevista de Janeiro, fiz referência que a grande aquisição do Sto. Estevão desta época não tinha sido um jogador mas sim o Tomás e a sua grande experiência. E recordo que o Tomás se referiu a isso como um valor acrescido. O que prova que na realidade a experiência do Tomás foi uma mais valia para esta equipa?
TOMÁS VIEGAS: Como disse naquela altura, fui tentando passar essa minha experiência para os jogadores, mas nem sempre é fácil. pode-se ser o melhor treinador do mundo, mas se os jogadores não quiserem colaborar não se consegue fazer nada. E os jogadores colaboraram, os mais velhos sempre incentivando os mais novos, estes corrigindo algumas deficiências, que ainda têm, mas foram corrigindo aos poucos e há jogadores que tiveram uma evolução enorme. Principalmente um, que é um dos jogadores preponderantes, muito bom no 1x1, mas que era um jogador que em termos defensivos ficava muito aquém. Ainda não está perfeito, mas a perfeição nunca se consegue atingir, mas podemos tentar aproximar ao máximo, mas este jogador evoluiu muito em termos defensivos. Os outros em termos de conjunto começaram a perceber a minha filosofia de jogo, aquilo que eu pretendia, começaram a fazer as passagens, começaram a fazer bem as dobras, começaram a aprender a jogar em entre-linhas, na busca e que era quase impensável no principio, quando aqui cheguei... mas a equipa foi crescendo aos poucos, e como sabem as vitórias vão dando moral e elas foram surgindo e eles começaram a acreditar e conseguimos. Penso que justamente.
Na entrevista de Janeiro, fiz referência que a grande aquisição do Sto. Estevão desta época não tinha sido um jogador mas sim o Tomás e a sua grande experiência. E recordo que o Tomás se referiu a isso como um valor acrescido. O que prova que na realidade a experiência do Tomás foi uma mais valia para esta equipa?
TOMÁS VIEGAS: Como disse naquela altura, fui tentando passar essa minha experiência para os jogadores, mas nem sempre é fácil. pode-se ser o melhor treinador do mundo, mas se os jogadores não quiserem colaborar não se consegue fazer nada. E os jogadores colaboraram, os mais velhos sempre incentivando os mais novos, estes corrigindo algumas deficiências, que ainda têm, mas foram corrigindo aos poucos e há jogadores que tiveram uma evolução enorme. Principalmente um, que é um dos jogadores preponderantes, muito bom no 1x1, mas que era um jogador que em termos defensivos ficava muito aquém. Ainda não está perfeito, mas a perfeição nunca se consegue atingir, mas podemos tentar aproximar ao máximo, mas este jogador evoluiu muito em termos defensivos. Os outros em termos de conjunto começaram a perceber a minha filosofia de jogo, aquilo que eu pretendia, começaram a fazer as passagens, começaram a fazer bem as dobras, começaram a aprender a jogar em entre-linhas, na busca e que era quase impensável no principio, quando aqui cheguei... mas a equipa foi crescendo aos poucos, e como sabem as vitórias vão dando moral e elas foram surgindo e eles começaram a acreditar e conseguimos. Penso que justamente.
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Avaliando o campeonato deste ano, que para mim foi um dos mais nivelados dos últimos anos, é bom para o futsal Algarvio aparecerem 4 equipas a disputar o titulo até final da competição?
TOMÁS VIEGAS: É muito bom... é saudável e em termos competitivos qualquer equipa que seja campeã num campeonato competitivo vai muito melhor preparada para uma 3ª. Divisão Nacional. E como disse em Janeiro eu não conhecia muito bem o futsal Algarvio, mais propriamente o Distrital, já que estive muito tempo nos nacionais, mas em minha opinião existe já muito trabalho no distrital, mas penso que poderia existir um melhor trabalho, existem equipas com muitos bons jogadores, mas em termos colectivos... não sei se privilegiam mais o individual, mas penso que o futsal está melhor do que estava à uns anos, mas pensava que estava um pouco melhor, e se formos analisar isto friamente e se formos ver o que nos fez sermos campeões, foi a nossa organização o nosso trabalho e se vermos o ano passado, houve uma equipa que subiu praticamente com uma perna às costas e essa equipa foi a mais organizada em termos colectivos, e subiu com uma grande diferença, por isso digo que se a minha equipa tivesse mais um ano de trabalho, se calhar em vez de termos subido a 2 jornadas do final do campeonato, tínhamos subido a 4 jornadas. Encontrei nas outras equipas alguma irregularidade, algum desnorte e em muitas delas em termos defensivos, em minha opinião deixam muito a desejar. O campeonato ainda não terminou, somos neste momento a melhor defesa, o segundo melhor ataque. Eu digo sempre que os bons golos e os bons jogadores resolvem jogos, mas as boas equipas e os colectivos ganham campeonatos.
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E o futuro, o que podemos esperar do Sto. Estevão na 3ª. Divisão?
TOMÁS VIEGAS: Vamos ver... Há sempre esperança, o grupo é muito jovem, aquilo que nós ambicionávamos era irmos buscar alguns jogadores com mais experiência, mas também não é fácil. E se conseguirem reunir o mínimo de condições que eu pedi para eu continuar com o projecto, mesmo com uma equipa jovem, mas com a impossibilidade de ir buscar jogadores com mais experiência, se calhar vamos tentar ir buscar jogadores jovens, mas com qualidade. Sei que é um risco, conheço a 3ª. Divisão Nacional, não é que existam grandes equipas na 3ª. Divisão, mas são equipas muito certinhas, com alguns jogadores já batidos e a inexperiência pudesse pagar cara. A vida é feita de riscos, foi um risco quando para aqui vim e quando alguém me disse que gostava de ser campeão, era um risco... portanto, vamos tentar reunir um grupo forte, vamos para a 3ª. Divisão Nacional, para que possamos permanecer lá, porque o primeiro ano é o mais difícil de todos e é mais difícil permanecer na 3ª. do que ser campeão na distrital, tenho a certeza absoluta disso.
Avaliando o campeonato deste ano, que para mim foi um dos mais nivelados dos últimos anos, é bom para o futsal Algarvio aparecerem 4 equipas a disputar o titulo até final da competição?
TOMÁS VIEGAS: É muito bom... é saudável e em termos competitivos qualquer equipa que seja campeã num campeonato competitivo vai muito melhor preparada para uma 3ª. Divisão Nacional. E como disse em Janeiro eu não conhecia muito bem o futsal Algarvio, mais propriamente o Distrital, já que estive muito tempo nos nacionais, mas em minha opinião existe já muito trabalho no distrital, mas penso que poderia existir um melhor trabalho, existem equipas com muitos bons jogadores, mas em termos colectivos... não sei se privilegiam mais o individual, mas penso que o futsal está melhor do que estava à uns anos, mas pensava que estava um pouco melhor, e se formos analisar isto friamente e se formos ver o que nos fez sermos campeões, foi a nossa organização o nosso trabalho e se vermos o ano passado, houve uma equipa que subiu praticamente com uma perna às costas e essa equipa foi a mais organizada em termos colectivos, e subiu com uma grande diferença, por isso digo que se a minha equipa tivesse mais um ano de trabalho, se calhar em vez de termos subido a 2 jornadas do final do campeonato, tínhamos subido a 4 jornadas. Encontrei nas outras equipas alguma irregularidade, algum desnorte e em muitas delas em termos defensivos, em minha opinião deixam muito a desejar. O campeonato ainda não terminou, somos neste momento a melhor defesa, o segundo melhor ataque. Eu digo sempre que os bons golos e os bons jogadores resolvem jogos, mas as boas equipas e os colectivos ganham campeonatos.
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E o futuro, o que podemos esperar do Sto. Estevão na 3ª. Divisão?
TOMÁS VIEGAS: Vamos ver... Há sempre esperança, o grupo é muito jovem, aquilo que nós ambicionávamos era irmos buscar alguns jogadores com mais experiência, mas também não é fácil. E se conseguirem reunir o mínimo de condições que eu pedi para eu continuar com o projecto, mesmo com uma equipa jovem, mas com a impossibilidade de ir buscar jogadores com mais experiência, se calhar vamos tentar ir buscar jogadores jovens, mas com qualidade. Sei que é um risco, conheço a 3ª. Divisão Nacional, não é que existam grandes equipas na 3ª. Divisão, mas são equipas muito certinhas, com alguns jogadores já batidos e a inexperiência pudesse pagar cara. A vida é feita de riscos, foi um risco quando para aqui vim e quando alguém me disse que gostava de ser campeão, era um risco... portanto, vamos tentar reunir um grupo forte, vamos para a 3ª. Divisão Nacional, para que possamos permanecer lá, porque o primeiro ano é o mais difícil de todos e é mais difícil permanecer na 3ª. do que ser campeão na distrital, tenho a certeza absoluta disso.
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Com a experiência do Tomás, como foi trabalhar com um presidente que tem conhecimentos de futsal, já que também é treinador, o que muitas vezes não acontece, a grande maioria dos directores não têm conhecimentos técnicos?
TOMÁS VIEGAS: Foi muito fácil. Eu conhecia o Barradas, não intimamente, estou muito satisfeito, mostrou sempre abertura, mostrou sempre confiança em mim, muitas vezes elogiando acho que em demasia e isso às vezes pode-nos fazer envaidecer. Foi alguém que sempre foi frontal, que sempre esteve à disposição, que sempre me forneceu o máximo que podia, penso que se não forneceu mais condições foi porque também não pode, mas para mim foi uma agradável surpresa trabalhar com ele... e se houver condições, continuarei a trabalhar.
Com a experiência do Tomás, como foi trabalhar com um presidente que tem conhecimentos de futsal, já que também é treinador, o que muitas vezes não acontece, a grande maioria dos directores não têm conhecimentos técnicos?
TOMÁS VIEGAS: Foi muito fácil. Eu conhecia o Barradas, não intimamente, estou muito satisfeito, mostrou sempre abertura, mostrou sempre confiança em mim, muitas vezes elogiando acho que em demasia e isso às vezes pode-nos fazer envaidecer. Foi alguém que sempre foi frontal, que sempre esteve à disposição, que sempre me forneceu o máximo que podia, penso que se não forneceu mais condições foi porque também não pode, mas para mim foi uma agradável surpresa trabalhar com ele... e se houver condições, continuarei a trabalhar.
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Uma ultima pergunta se o Sto. Estevão conseguir o objectivo de se manter na 3ª. Divisão, podemos esperar voos mais altos?
TOMÁS VIEGAS: Se nos conseguirmos manter na 3ª., penso que no ano seguinte passará por fazermos o melhor possível, se depois houver condições para reforçar a equipa e pensar noutros voos certamente que não rejeitaremos. Vamos tentar ir passo a passo é uma equipa jovem... Mas não digo logo subir de divisão, mas pelo menos fazer um campeonato mais tranquilo, chegar um pouco mais acima e sempre que possível vamos sempre ambicionando mais, eu se puder terminar em primeiro, certamente não terminarei em segundo...
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Uma ultima pergunta se o Sto. Estevão conseguir o objectivo de se manter na 3ª. Divisão, podemos esperar voos mais altos?
TOMÁS VIEGAS: Se nos conseguirmos manter na 3ª., penso que no ano seguinte passará por fazermos o melhor possível, se depois houver condições para reforçar a equipa e pensar noutros voos certamente que não rejeitaremos. Vamos tentar ir passo a passo é uma equipa jovem... Mas não digo logo subir de divisão, mas pelo menos fazer um campeonato mais tranquilo, chegar um pouco mais acima e sempre que possível vamos sempre ambicionando mais, eu se puder terminar em primeiro, certamente não terminarei em segundo...
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O Guarda-redes...
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Ricardo "Quebra"
Guarda-redes - 29 anos
6 anos futsal
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Quebra, quero dar-lhe os parabéns pelo feito conseguido.
Como foi trabalhar com um treinador como o Tomás, com grande experiência?
QUEBRA: Desde já obrigado. Felizmente para mim não foi a primeira vez que trabalhei com o Tomás. Já tinha trabalhado com ele nos Sonâmbulos, já tinha sido campeão com ele nos Sonâmbulos e para mim voltar a trabalhar com o Tomás foi uma enorme alegria. Acima de tudo o Tomás trouxe disciplina a este grupo, porque precisava, andava um pouco à deriva. Essencialmente no aspecto da disciplina, o ano passado não correu tão bem. Por exemplo no último jogo a 30 minutos do fim estávamos com um pé na 2ª. Divisão Distrital, mas felizmente conseguimos mantermo-nos e este ano foi um ano fantástico.
Para si qual foi o momento chave... aquele momento em que sentiram que poderiam ser campeões?
QUEBRA: Para mim foi no jogo em Castro Marim com os Putos da Rua, eu na primeira parte sou expulso e uma equipa de futsal tem que ter pelo menos 2 jogadores para cada lugar e nesse aspecto o Sto. Estevão este ano estava bem servido de guarda-redes e quando fui expulso, não se notou a diferença e o meu colega Rui entrou muito bem no jogo (foi o jogo que foi interrompido ao intervalo) e nesse jogo senti que a equipa estava preparada para a subida.
Este campeonato foi um dos mais equilibrados, que diferenças sentiu deste para os outros anos anteriores?
QUEBRA: Há 6 anos que estou no futsal e este ano foi o mais equilibrado de sempre, porque hoje em dia todas as equipas trabalham bem, têm bons treinadores, bons jogadores e o futsal evoluiu, esse foi o aspecto mais importante. Porque já existe muita paixão tanto pelos treinos como pelos jogos no que diz respeito aos jogadores.
Quais as suas expectativas para a 3ª. Divisão Nacional e quais os sonhos?
QUEBRA: Em primeiro lugar era tentar manter o treinador isso era essencial, um treinador com esta qualidade tem sempre equipas atrás a quererem que ele vá trabalhar para essas mesmas equipas e depois é a manutenção na 3ª. Divisão, não nos podem exigir mais.
Como foi trabalhar com um treinador como o Tomás, com grande experiência?
QUEBRA: Desde já obrigado. Felizmente para mim não foi a primeira vez que trabalhei com o Tomás. Já tinha trabalhado com ele nos Sonâmbulos, já tinha sido campeão com ele nos Sonâmbulos e para mim voltar a trabalhar com o Tomás foi uma enorme alegria. Acima de tudo o Tomás trouxe disciplina a este grupo, porque precisava, andava um pouco à deriva. Essencialmente no aspecto da disciplina, o ano passado não correu tão bem. Por exemplo no último jogo a 30 minutos do fim estávamos com um pé na 2ª. Divisão Distrital, mas felizmente conseguimos mantermo-nos e este ano foi um ano fantástico.
Para si qual foi o momento chave... aquele momento em que sentiram que poderiam ser campeões?
QUEBRA: Para mim foi no jogo em Castro Marim com os Putos da Rua, eu na primeira parte sou expulso e uma equipa de futsal tem que ter pelo menos 2 jogadores para cada lugar e nesse aspecto o Sto. Estevão este ano estava bem servido de guarda-redes e quando fui expulso, não se notou a diferença e o meu colega Rui entrou muito bem no jogo (foi o jogo que foi interrompido ao intervalo) e nesse jogo senti que a equipa estava preparada para a subida.
Este campeonato foi um dos mais equilibrados, que diferenças sentiu deste para os outros anos anteriores?
QUEBRA: Há 6 anos que estou no futsal e este ano foi o mais equilibrado de sempre, porque hoje em dia todas as equipas trabalham bem, têm bons treinadores, bons jogadores e o futsal evoluiu, esse foi o aspecto mais importante. Porque já existe muita paixão tanto pelos treinos como pelos jogos no que diz respeito aos jogadores.
Quais as suas expectativas para a 3ª. Divisão Nacional e quais os sonhos?
QUEBRA: Em primeiro lugar era tentar manter o treinador isso era essencial, um treinador com esta qualidade tem sempre equipas atrás a quererem que ele vá trabalhar para essas mesmas equipas e depois é a manutenção na 3ª. Divisão, não nos podem exigir mais.
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Honorato um dos mais jovens do grupo de trabalho...
Ala - 21 anos
5 anos futsal
5 anos futsal
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O Honorato é um dos mais jovens da equipa e dos mais inexperientes, como foi trabalhar com um treinador como o Tomás, com uma carga de trabalho evoluída?
HONORATO: Foi muito bom, implementou muitos sistemas novos, tácticas de jogo que eu nunca imaginei que poderia existir no futsal... foi mesmo muito bom, aprendi muita coisa com ele. Não é fácil chegar e logo no primeiro ano ser campeão do Algarve. É um treinador exigente, como deve ser um treinador.
Para um jovem como o Honorato isto parece um sonho quase impossível de alcançar, quais são os seus objectivos no futuro?
HONORATO: No futuro... espero continuar aqui, jogar no Nacional com esta equipa e fazer o meu melhor para ajudar a equipa, para que também a nível individual possa ter outros objectivos.
Qual foi a diferença entre o Sto. Estevão e as outras equipas, para que este êxito fosse alcançado?
HONORATO: Fomos uma equipa unida, responsáveis e penso que praticamos um bom futsal, o que foi essencial. Defendíamos bem, temos atletas novos... Mas penso que a principal virtude está no Tomás ele é que nos ensinou e nos deu uma grande ajuda, ensinou-nos coisas novas. Fomos humildes, concentrados e com muito trabalho.
Como um dos mais jovens, sentiu apoio por parte dos colegas mais experientes?
HONORATO: Senti sempre muito apoio, jogo no clube desde o primeiro ano de juniores, mas sempre fui muito bem tratado e penso que os meus colegas que chegaram este ano sentiram sempre esse apoio por parte dos mais velhos. Tentaram ajudar e incentivaram sempre.
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A experiência dos mais velhos...
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Neves
Universal - 35 anos
Universal - 35 anos
10 anos futsal
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Para muitos a grande contratação do Sto. Estevão foi o experiente treinador, que comentário faz a esta afirmação?
NEVES: Estou plenamente de acordo com essa contratação e com essa afirmação. Penso que não vale apena nós estarmos a regatear mais elogios para o Tomás porque quem trabalha com ele sabe que ele é um líder por natureza e nestas coisas tem que haver um líder, não é um mandante, porque mandantes há muitos. Temos que ter um comandante... e que todos os sigam para a luta e foi o que ele fez aqui. Eu já trabalhei com o Tomás... na altura deixei a modalidade por motivos profissionais e familiares. Fiquei muito satisfeito com o regresso do Tomás ao futsal Distrital e nomeadamente à nossa equipa, porque foi sem duvida uma mais valia e conseguiu transmitir a sua mensagem, tanto aos mais velhos como aos mais novos e o resultado está à vista sem duvida nenhuma. Este campeonato numa grande parte, senão no seu total é devido ao mister Tomás Viegas.
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Qual foi o momento que sentiu que seria possível concretizar estes objectivos alcançados?
NEVES: Penso que tivemos 3 momentos chaves. O primeiro momento, foi antes do campeonato começar, com derrotas atrás de derrotas na pré-época tivemos situações internas que não sou eu que as vou fazer sair cá para fora, porque é um lema do nosso grupo, desde que o Tomás o comanda que nada sai cá para fora, tudo é resolvido cá dentro e ai o Tomás ganhou o grupo, ganhou a equipa mais cedo do que estava à espera.
Depois temos outro momento chave que é em meados de Dezembro, quando eu comecei a ver jogadores que não defendiam a defenderem e a segurar resultados, quando nos apanhávamos a ganhar e conseguíamos segurar a vantagem. Algo que nunca tinha visto nestes miúdos e já estou aqui à algum tempo (6 anos).
E depois é já em Fevereiro quando vejo uma agitação muito grande à volta da nossa equipa, fomos a todos os campos sem tremer. Agora aconteceu este incidente em Loulé (empate a 2) ao qual ouvi alguns comentários no blog a este não sucesso, mas nós também não podemos menosprezar um adversário jovem que arregaçou as mangas e quis e nós fomos com os galões e fomos surpreendidos e quem foi ver o jogo pode ter ficado desiludido por termos praticado um futsal de pouca qualidade na primeira parte, mas o que é importante é que o campeonato é uma prova de regularidade e fomos sem duvida a equipa mais regular e isso provasse nas vitórias, derrotas, empates que tivemos ao longo do campeonato.
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O Neves conhece o Tomás há alguns anos, mas para os jogadores mais jovens que não tinham uma disciplina táctica, tanto no treino como depois no jogo, deve ter sido ao início bem complicado. O apoio dos mais velhos foi importantíssimo para que esses jovens assimilassem o que o treinador pretendia?
NEVES: Ás vezes não basta mandar fazer, temos também que dar o exemplo e fazer. A abnegação dos mais velhos foi sem duvida um trunfo muito forte e o Tomás jogou com isso também ao aceitar jogadores que estavam fora do futebol e do futsal, sem jogarem há 2 anos, como é o caso do Henrique, que veio dar uma força espectacular de ensinamento de humildade aos mais jovens não me posso esquecer também do Alírio que foi sem duvida um marco importante na nossa equipa, porque foi um esteio defensivo enorme, táctico, o Tomás será a pessoa mais capacitada para falar disso, mas é obvio que nós os mais velhos temos que ajudar os mais novos. Porque estes miúdos que aparecem no futsal só se lembram que são jogadores quando fazem as coisas bem feitas, quando são repreendidos não gostam muito e nem têm humildade para aceitar que os chamem à atenção, mas graças a Deus o Tomás levou a bom porto, todos, os velhos, os novos e o resultado está à vista, acho que estamos todos de parabéns, e é um facto histórico na nossa pequena freguesia, podermos erguer os braços e gritarmos somos campeões.
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E sonhos para o futuro, o que espera na 3ª. Divisão Nacional?
NEVES: O sonho comanda a vida... como dizia o poeta... Eu pessoalmente já manifestei qual vai ser a minha situação, o mister Tomás já falou comigo por isso está tudo em aberto, só que já vão sendo alguns anos e as pernas já me vão pesando e chega ali a Dezembro... tenho que pensar bem no futuro, mas obviamente fora ou dentro vou estar cá para dar o meu contributo para ajudar os meus colegas a fazerem uma boa campanha no nacional, sei que é difícil, mas temos que ver que este ano o nacional vai estar recheado de equipas do Algarve, o que pode dar para trabalhar sem existir tanto cansaço das viagens... Estes miúdos que aqui estão parece que só ficam espevitados quando existem confrontos com derbys, parece que jogam melhor... assim é bom termos muitas equipas Algarvias... assim é uma forma de também divulgar mais o futsal, porque é preciso mais adeptos e chamar também mais praticantes.
Podemos ver o Neves, como um futuro treinador no futsal?
NEVES: Sim é uma possibilidade, mas neste momento encontro-me a treinar uma equipa de futebol, na Casa do Benfica de Tavira, uma equipa de miúdos dos 4 aos 6 anos, mas é possível que um dia apareça no futsal, mas temos que ter calma, primeiro temos que aprender mais que é para depois colocar em prática esses conhecimentos.
Qual foi o momento que sentiu que seria possível concretizar estes objectivos alcançados?
NEVES: Penso que tivemos 3 momentos chaves. O primeiro momento, foi antes do campeonato começar, com derrotas atrás de derrotas na pré-época tivemos situações internas que não sou eu que as vou fazer sair cá para fora, porque é um lema do nosso grupo, desde que o Tomás o comanda que nada sai cá para fora, tudo é resolvido cá dentro e ai o Tomás ganhou o grupo, ganhou a equipa mais cedo do que estava à espera.
Depois temos outro momento chave que é em meados de Dezembro, quando eu comecei a ver jogadores que não defendiam a defenderem e a segurar resultados, quando nos apanhávamos a ganhar e conseguíamos segurar a vantagem. Algo que nunca tinha visto nestes miúdos e já estou aqui à algum tempo (6 anos).
E depois é já em Fevereiro quando vejo uma agitação muito grande à volta da nossa equipa, fomos a todos os campos sem tremer. Agora aconteceu este incidente em Loulé (empate a 2) ao qual ouvi alguns comentários no blog a este não sucesso, mas nós também não podemos menosprezar um adversário jovem que arregaçou as mangas e quis e nós fomos com os galões e fomos surpreendidos e quem foi ver o jogo pode ter ficado desiludido por termos praticado um futsal de pouca qualidade na primeira parte, mas o que é importante é que o campeonato é uma prova de regularidade e fomos sem duvida a equipa mais regular e isso provasse nas vitórias, derrotas, empates que tivemos ao longo do campeonato.
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O Neves conhece o Tomás há alguns anos, mas para os jogadores mais jovens que não tinham uma disciplina táctica, tanto no treino como depois no jogo, deve ter sido ao início bem complicado. O apoio dos mais velhos foi importantíssimo para que esses jovens assimilassem o que o treinador pretendia?
NEVES: Ás vezes não basta mandar fazer, temos também que dar o exemplo e fazer. A abnegação dos mais velhos foi sem duvida um trunfo muito forte e o Tomás jogou com isso também ao aceitar jogadores que estavam fora do futebol e do futsal, sem jogarem há 2 anos, como é o caso do Henrique, que veio dar uma força espectacular de ensinamento de humildade aos mais jovens não me posso esquecer também do Alírio que foi sem duvida um marco importante na nossa equipa, porque foi um esteio defensivo enorme, táctico, o Tomás será a pessoa mais capacitada para falar disso, mas é obvio que nós os mais velhos temos que ajudar os mais novos. Porque estes miúdos que aparecem no futsal só se lembram que são jogadores quando fazem as coisas bem feitas, quando são repreendidos não gostam muito e nem têm humildade para aceitar que os chamem à atenção, mas graças a Deus o Tomás levou a bom porto, todos, os velhos, os novos e o resultado está à vista, acho que estamos todos de parabéns, e é um facto histórico na nossa pequena freguesia, podermos erguer os braços e gritarmos somos campeões.
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E sonhos para o futuro, o que espera na 3ª. Divisão Nacional?
NEVES: O sonho comanda a vida... como dizia o poeta... Eu pessoalmente já manifestei qual vai ser a minha situação, o mister Tomás já falou comigo por isso está tudo em aberto, só que já vão sendo alguns anos e as pernas já me vão pesando e chega ali a Dezembro... tenho que pensar bem no futuro, mas obviamente fora ou dentro vou estar cá para dar o meu contributo para ajudar os meus colegas a fazerem uma boa campanha no nacional, sei que é difícil, mas temos que ver que este ano o nacional vai estar recheado de equipas do Algarve, o que pode dar para trabalhar sem existir tanto cansaço das viagens... Estes miúdos que aqui estão parece que só ficam espevitados quando existem confrontos com derbys, parece que jogam melhor... assim é bom termos muitas equipas Algarvias... assim é uma forma de também divulgar mais o futsal, porque é preciso mais adeptos e chamar também mais praticantes.
Podemos ver o Neves, como um futuro treinador no futsal?
NEVES: Sim é uma possibilidade, mas neste momento encontro-me a treinar uma equipa de futebol, na Casa do Benfica de Tavira, uma equipa de miúdos dos 4 aos 6 anos, mas é possível que um dia apareça no futsal, mas temos que ter calma, primeiro temos que aprender mais que é para depois colocar em prática esses conhecimentos.
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Luis Barradas