NOME: José Geraldo Nascimento Barradas
PRESIDENTE DA CPSE DESDE: 12 anos
CURSO TREINADOR FUTSAL: Nível II
ANOS COMO TREINADOR: 8
CLUBES QUE TREINOU: CPSE
IDADE: 35
PRESIDENTE DA CPSE DESDE: 12 anos
CURSO TREINADOR FUTSAL: Nível II
ANOS COMO TREINADOR: 8
CLUBES QUE TREINOU: CPSE
IDADE: 35
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A equipa do Sto. Estêvão conseguiu um feito enorme, a equipa salvou-se na época passada da descida de divisão na última jornada e nesta época consegue o título Algarvio e a subida à 3ª. Divisão Nacional. Os extremos tocaram-se.
Algo diferente aconteceu também o treinador deu lugar a presidente e consegue trazer para o clube um dos mais bem sucedidos treinadores algarvios.
Algo diferente aconteceu também o treinador deu lugar a presidente e consegue trazer para o clube um dos mais bem sucedidos treinadores algarvios.
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O Sto. Estêvão está de parabéns, pelo feito conseguido, na opinião do presidente, foi mais difícil o titulo Algarvio ou a manutenção na época passada?
JB: São ambos de enorme felicidade contudo distintos.
No ano passado tínhamos uma grande equipa, grande parte dela transitou para este ano. Muitos factores nos lançaram para os últimos lugares da classificação o ano passado. Varias expulsões, lesões graves e uma primeira volta muito muito má, quando estávamos em primeiro lugar no inicio da época. Contudo conseguimos ser a melhor equipa da 2ª volta e todos os que comigo colaboraram sabem do que estou a falar e sabem como fomos enormes capazes de contrariar as varias adversidades dentro e fora de campo…
Este ano cedo se percebeu o valor dos nossos adversários e se percebeu a qualidade do trabalho que se estava a realizar. Fomos justos vencedores porque conseguimos ser os mais regulares dai que com naturalidade a 2 jornadas do final nos sagrámos Campeões.
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O que ganhou o Sto. Estêvão com esta troca? Um bom presidente ou perdeu um bom treinador?
JB: Eu sempre fui o mesmo Presidente, sou-o há 12 anos, trabalhando para que as coisas resultem. Se calhar ao abdicar do cargo de Treinador e ter arranjado um excelente treinador, ficou mais tempo para aquilo a que um Presidente diz respeito.
Se fui um bom ou mau treinador, não sei, nem me compete a mim julga-lo, tenho a consciência tranquila que sempre tentei dar o meu melhor em prole dos meus atletas e equipa, errei muitas vezes, naturalmente, só quem não toma decisões não erra, nunca recebi um cêntimo como treinador da CPSE durante 8 anos, mas também julgo que terei algum valor, consegui uma subida de Divisão, uma meia final da Taça do Algarve e sempre uma presença assídua junto das equipas da frente da I Divisão,…….
No ano passado, ainda a nossa época estava a decorrer, tínhamos ainda 3 jogos para realizar, muito difíceis, frente ás equipas da frente, decidi deixar de treinar a equipa sénior. Estava cansado do campeonato que tínhamos tido, existiam questões pessoais que iriam alterar a minha disponibilidade e percebi que o meu ciclo tinha chegado ao fim.
Foi nessa ocasião que falei com o Tomas Viegas, ele que também estava com o seu ciclo nos Sonâmbulos, onde fez um enorme/excelente trabalho, a terminar. Nunca poderia deixar os meus atletas, como treinador e/ou presidente, entregues a alguém que não os pudesse ajudar e soubesse mais que eu.
Conhecendo o Campeonato, onde durante vários anos participei e trouxe a equipa da 2ª Divisão, e o trabalho do Tomas, fruto da sua experiência na 3ª Divisão Nacional, percebi que ele era a pessoa certa para levar esta equipa mais longe. E assim foi, ate foi mais longe do que se pensou inicialmente…
Se calhar por ser treinador dou mais valor e reconheço o trabalho que os meus colegas fazem e sei perceber o que está correcto e incorrecto.
Muitos dão mérito ao feito conseguido a Tomás Viegas, mas o homem que decidiu e tomou essa decisão foi o presidente. Não é fácil abdicar de um lugar e acima de tudo ir contratar alguém com a capacidade do Tomás. Foi fácil tomar essa decisão?
JB: E dão-o muito bem porque ele o merece.
Ao inicio custou um pouco, como é compreensível, não é todos os dias, e não são muitos os que o fazem certamente, que deixam de fazer algo de que se gosta muito por opção própria, espontânea vontade, alem de ter formação, nível II de Futsal da FPF. Mas a Instituição estava acima dos meus interesses pessoais.
Por uma questão de respeito pelos meus atletas, sócios e patrocinadores, para sair tinha que arranjar alguém que fosse capaz de fazer melhor do que aquilo que eu tinha realizado, como já frisei a Instituição está acima dos meus interesses pessoais. O Tomás, para mim, é dos melhores treinadores do Algarve e logo a opção foi fácil.
O meu adjunto, Eduardo Cunha, licenciado em Educação Física, que nos últimos anos tinha estado sempre a meu lado, manteve-se, bem como a restante equipa médica, medico, massagistas e fisioterapeuta.
O Tomas trouxe a sua enorme experiência e fez um excelente trabalho.
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Perguntei ao Tomás como era trabalhar com um presidente que também é treinador. E como é ser Presidente e ter noção do trabalho que se está a desenvolver, como é trabalhar com o Tomás?
JB: Foi e é muito interessante e fácil. Aprende-se imenso e trocam-se muitas experiências e opiniões, prevalecendo, sempre, claro está, a do Treinador que tem a responsabilidade de liderar a equipa. Parece que funcionou…
O Tomas tem as suas opiniões, sempre fomos consensuais, trouxe muita experiência e isso fez toda a diferença neste campeonato.
Quando se tem alguém com quem falar que partilha os mesmos interesses, gostos e expectativas as coisas são mais agradáveis….
Quando o Tomás foi contratado a possibilidade de lutar pelo título foi logo encarada ou o projecto era a médio prazo?
JB: Nunca se pensou em subir de Divisão neste primeiro ano, apesar de existir incentivo caso isso se conseguisse. Ninguém, no pré época e início do Campeonato diria que seríamos Campeões. Eu nunca, apesar das derrotas iniciais, deixei de acreditar no trabalho que se estava a realizar e que seria apenas uma questão de tempo para estabilizar a equipa e logo se veria…
O projecto era a dois anos e agora teve que ser reformulado…. O objectivo era, no primeiro ano, integrar os juniores que subiram de escalão, 6 atletas, com os restantes que transitaram da época passada e os novos atletas que o Tomas trouxe e só no segundo ano tentar uma subida de Divisão.
Este campeonato foi um dos mais disputados dos últimos anos o que valoriza ainda mais a vossa conquista.
Em termos de apoios tanto privados como institucionais, que apoios têm?
JB: Temos o apoio do Município de Tavira e da Junta de Freguesia local. Alguns patrocinadores, este ano não lhes foi possível dar o seu contributo, tratam-se de empresas ligadas á construção civil. Foi o ano com o orçamento mais baixo dos últimos 5 anos contudo com os melhores resultados desportivos. A participação numa Divisão Nacional terá que ser muito bem pensada porque estamos a falar de um orçamento 4 vezes superior ao que agora temos….
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Será agora mais fácil conseguir chamar há atenção mais entidades?
JB: São ambos de enorme felicidade contudo distintos.
No ano passado tínhamos uma grande equipa, grande parte dela transitou para este ano. Muitos factores nos lançaram para os últimos lugares da classificação o ano passado. Varias expulsões, lesões graves e uma primeira volta muito muito má, quando estávamos em primeiro lugar no inicio da época. Contudo conseguimos ser a melhor equipa da 2ª volta e todos os que comigo colaboraram sabem do que estou a falar e sabem como fomos enormes capazes de contrariar as varias adversidades dentro e fora de campo…
Este ano cedo se percebeu o valor dos nossos adversários e se percebeu a qualidade do trabalho que se estava a realizar. Fomos justos vencedores porque conseguimos ser os mais regulares dai que com naturalidade a 2 jornadas do final nos sagrámos Campeões.
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O que ganhou o Sto. Estêvão com esta troca? Um bom presidente ou perdeu um bom treinador?
JB: Eu sempre fui o mesmo Presidente, sou-o há 12 anos, trabalhando para que as coisas resultem. Se calhar ao abdicar do cargo de Treinador e ter arranjado um excelente treinador, ficou mais tempo para aquilo a que um Presidente diz respeito.
Se fui um bom ou mau treinador, não sei, nem me compete a mim julga-lo, tenho a consciência tranquila que sempre tentei dar o meu melhor em prole dos meus atletas e equipa, errei muitas vezes, naturalmente, só quem não toma decisões não erra, nunca recebi um cêntimo como treinador da CPSE durante 8 anos, mas também julgo que terei algum valor, consegui uma subida de Divisão, uma meia final da Taça do Algarve e sempre uma presença assídua junto das equipas da frente da I Divisão,…….
No ano passado, ainda a nossa época estava a decorrer, tínhamos ainda 3 jogos para realizar, muito difíceis, frente ás equipas da frente, decidi deixar de treinar a equipa sénior. Estava cansado do campeonato que tínhamos tido, existiam questões pessoais que iriam alterar a minha disponibilidade e percebi que o meu ciclo tinha chegado ao fim.
Foi nessa ocasião que falei com o Tomas Viegas, ele que também estava com o seu ciclo nos Sonâmbulos, onde fez um enorme/excelente trabalho, a terminar. Nunca poderia deixar os meus atletas, como treinador e/ou presidente, entregues a alguém que não os pudesse ajudar e soubesse mais que eu.
Conhecendo o Campeonato, onde durante vários anos participei e trouxe a equipa da 2ª Divisão, e o trabalho do Tomas, fruto da sua experiência na 3ª Divisão Nacional, percebi que ele era a pessoa certa para levar esta equipa mais longe. E assim foi, ate foi mais longe do que se pensou inicialmente…
Se calhar por ser treinador dou mais valor e reconheço o trabalho que os meus colegas fazem e sei perceber o que está correcto e incorrecto.
Muitos dão mérito ao feito conseguido a Tomás Viegas, mas o homem que decidiu e tomou essa decisão foi o presidente. Não é fácil abdicar de um lugar e acima de tudo ir contratar alguém com a capacidade do Tomás. Foi fácil tomar essa decisão?
JB: E dão-o muito bem porque ele o merece.
Ao inicio custou um pouco, como é compreensível, não é todos os dias, e não são muitos os que o fazem certamente, que deixam de fazer algo de que se gosta muito por opção própria, espontânea vontade, alem de ter formação, nível II de Futsal da FPF. Mas a Instituição estava acima dos meus interesses pessoais.
Por uma questão de respeito pelos meus atletas, sócios e patrocinadores, para sair tinha que arranjar alguém que fosse capaz de fazer melhor do que aquilo que eu tinha realizado, como já frisei a Instituição está acima dos meus interesses pessoais. O Tomás, para mim, é dos melhores treinadores do Algarve e logo a opção foi fácil.
O meu adjunto, Eduardo Cunha, licenciado em Educação Física, que nos últimos anos tinha estado sempre a meu lado, manteve-se, bem como a restante equipa médica, medico, massagistas e fisioterapeuta.
O Tomas trouxe a sua enorme experiência e fez um excelente trabalho.
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Perguntei ao Tomás como era trabalhar com um presidente que também é treinador. E como é ser Presidente e ter noção do trabalho que se está a desenvolver, como é trabalhar com o Tomás?
JB: Foi e é muito interessante e fácil. Aprende-se imenso e trocam-se muitas experiências e opiniões, prevalecendo, sempre, claro está, a do Treinador que tem a responsabilidade de liderar a equipa. Parece que funcionou…
O Tomas tem as suas opiniões, sempre fomos consensuais, trouxe muita experiência e isso fez toda a diferença neste campeonato.
Quando se tem alguém com quem falar que partilha os mesmos interesses, gostos e expectativas as coisas são mais agradáveis….
Quando o Tomás foi contratado a possibilidade de lutar pelo título foi logo encarada ou o projecto era a médio prazo?
JB: Nunca se pensou em subir de Divisão neste primeiro ano, apesar de existir incentivo caso isso se conseguisse. Ninguém, no pré época e início do Campeonato diria que seríamos Campeões. Eu nunca, apesar das derrotas iniciais, deixei de acreditar no trabalho que se estava a realizar e que seria apenas uma questão de tempo para estabilizar a equipa e logo se veria…
O projecto era a dois anos e agora teve que ser reformulado…. O objectivo era, no primeiro ano, integrar os juniores que subiram de escalão, 6 atletas, com os restantes que transitaram da época passada e os novos atletas que o Tomas trouxe e só no segundo ano tentar uma subida de Divisão.
Este campeonato foi um dos mais disputados dos últimos anos o que valoriza ainda mais a vossa conquista.
Em termos de apoios tanto privados como institucionais, que apoios têm?
JB: Temos o apoio do Município de Tavira e da Junta de Freguesia local. Alguns patrocinadores, este ano não lhes foi possível dar o seu contributo, tratam-se de empresas ligadas á construção civil. Foi o ano com o orçamento mais baixo dos últimos 5 anos contudo com os melhores resultados desportivos. A participação numa Divisão Nacional terá que ser muito bem pensada porque estamos a falar de um orçamento 4 vezes superior ao que agora temos….
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Será agora mais fácil conseguir chamar há atenção mais entidades?
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JB: Esperamos todos que sim contudo temos que ser compreensivos e responsáveis. Os tempos são muito difíceis, há 90 anos que a economia mundial não estava tão em queda como agora, existem governos a cair em diversos países e como tal temos que ser criativos e gerir a CPSE sem hipotecar o seu futuro. Aliás ficou mais que provado que não é com muito dinheiro que se conseguem grandes resultados, nós nos anos anteriores tínhamos um orçamento superior, contudo, os resultados foram menores. Este ano outras equipas investiram, 3 ou 4 vezes, mais que nós e ficaram para trás…
Vamos continuar a investir no conhecimento, nas pessoas e na credibilidade do nosso trabalho.
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A Casa do Povo de Sto. Estêvão não é só Futsal, mas esta modalidade é uma boa montra para todas as vossas outras actividades, tanto a nível cultural como desportivo, ou é um pouco ao contrário?
JB: Existe algum equilíbrio, pelo menos tentamos. Por ano temos no nosso espaço a acontecerem mais de 50 iniciativas, cerca de 5000 pessoas, envolvendo diferentes públicos, desde os miúdos/crianças da escola básica de Santo Estêvão, ao público em geral e idosos. O edifício da CPSE foi construído há 3 anos, inaugurado em 15 de Agosto de 2007, e representou um investimento de cerca de 500.000€, cerca de metade refere-se ao equipamento adquirido para garantir a sua funcionalidade. Está pago.
A vossa equipa é bastante jovem, muitos dos atletas vêm da formação, mas este ano o clube só tem 1 escalão de formação (escolas), está no horizonte uma aposta mais efectiva nos escalões de formação?
JB: Sempre apostámos na formação, aliás e como já foi referido, temos 6 atletas campeões que vieram dos nossos escalões de formação. Vários dos nossos jovens já integraram os trabalhos da selecção do Algarve. É sinal que têm valor.
O nosso maior problema é a escala, freguesia pequena, níveis de envelhecimento muito elevados e natalidade dos mais baixos da região. Não permite que se tenham jovens para ingressar nas fileiras da CPSE, mas o trabalho que temos realizado, julgados ser valido.
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O clube não tem pavilhão próprio, mas tem uma sede que é elogiada por muitos, estão a construir os alicerces de uma forma segura, será possível o clube ter um pavilhão próprio ou quanto muito a freguesia conseguir esse espaço?
JB: Se nos colocarem a questão: Gostariam de ter um Pavilhão na vossa freguesia, em Santo Estevão? A resposta seria naturalmente, sim, contudo temos que ter uma atitude responsável, compreensiva e entender o que tal envolve.Santo Estêvão tem cerca de 1000 habitantes. Um Pavilhão Desportivo é uma infra-estrutura dispendiosa que deve ser optimizado ao máximo e servir o maior numero de pessoas quanto possível, milhares de pessoas para se justificar a sua edificação. O custo de construção de um Pavilhão deverá rondar 1 000 000€, mais os custos inerentes á sua manutenção, pessoal, limpezas, consumíveis,... É difícil uma autarquia, por mais rica que seja, justificar num raio de 10km ter 3 pavilhões desportivos,....
Como sabemos as autarquias utilizam os nossos impostos, o dinheiro de todos nós e devem aplicá-lo da melhor forma, Santo Estevão, para quem não sabe onde se localiza, está num triângulo, a 5 minutos de Luz de Tavira e a 5 minutos de Tavira, onde se encontram dois Pavilhões Desportivos de elevada qualidade.
Assim, caso a freguesia aumente o número de habitantes, ai, logo se deverá equacionar a construção de um Pavilhão.
Pensemos ainda da seguinte forma, temos sempre treinado e jogado em Tavira, não existindo a pratica da modalidade na cidade, alem de sermos a equipa de Santo Estevão somos a equipa de Tavira?!?! Conseguindo mais adeptos, sócios, apoiantes,.. As pessoas hoje em dia deslocam-se desde que tenham interesse....
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Quando foi que sentiste que o sonho de chegar ao titulo podia ser possível?
JB: Sem falsas modéstias no jogo frente aos Putos da Rua em Castro Marim, naquele insólito encontro disputado em 2 dias. A equipa esteve muito bem e mesmo já sabendo dos restantes resultados foi enorme vencendo, a 2ª parte do encontro, e o jogo de forma categórica.
Que futuro podemos esperar para esta equipa?
O Tomás falou em reforços, porque os Campeonatos Nacionais são bem mais competitivos que o distrital.
O que vejo e isso acaba por influenciar e inflacionar a modalidade é que se praticam valores (e falo em dinheiro pago) muito altos, e depois quando o dinheiro acaba os projectos morrem, o Sto. Estêvão vai enveredar por esse caminho?
JB: Não vou, vamos, comprometer o futuro da CPSE. Quem quiser jogar na CPSE terá que perceber que somos uma instituição responsável que presta contas aos seus sócios, autarquia e patrocinadores. Tentaremos, dentro das nossas disponibilidades/possibilidades, efectuar a compensação por aquilo que é uma participação em 4 provas e deslocações mais distantes e demoradas.
Como já referi não são os valores elevados que levam ao sucesso desportivo mas sim as pessoas que estão identificadas com os projectos.
Que análise fazes ao futsal Algarvio em termos organizativos, há estrutura que existe e ao futuro da modalidade?
JB: Eu tenho uma boa impressão da modalidade na nossa região. Temos actualmente 2 equipas na 2ª Divisão Nacional e 3, que serão 4, na 3ª Divisão Nacional. Temos vindo a fazer muita formação nos últimos anos e os treinadores são cada vez mais qualificados, basta ver quantos participaram no curso de 2º nível que tu e eu tirámos no ano passado, 20 ou 25 treinadores?!?!
O nosso Futsal já “exportou” atletas para a selecção nacional, os casos do Cary e do Paulinho.
A minha única preocupação prende-se com o número de atletas, experientes e competitivos, que existem para formar/preencher as 6 equipas dos Campeonatos Nacionais e manter essas equipas ao mais alto nível. Julgo que temos que continuar a formar atletas e aproveitar os melhores treinadores para tal, caso contrario dentro de 2 ou 3 anos a modalidade perde notoriedade, competitividade e muitas equipas, ou acabam, ou descem para os distritais.
Julgo ainda que aquilo que neste momento algumas equipas estão a fazer, por terem alguma liquidez financeira, pagando valores a rondar os 200€ e 300€ a atletas do Distrital, poderá ser negativo para a modalidade. Inflacionam a modalidade e nem por isso conseguem resultados positivos. Dá-se uma inversão de valores, em vez de serem as Direcções a definir os montantes a pagar e a estratégia da colectividade são alguns jogadores que tomam as decisões, em seu próprio benefício, levando, inevitavelmente á desgraça….
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O Futsal Algarvio está bem representado nos Campeonatos Nacionais?
JB: Eu julgo que sim. Nunca antes estiveram tantas equipas nos Campeonatos Nacionais. 2ª Divisão, Albufeira Futsal e Louletano, 3ª Divisão Sonâmbulos, Intervivos e Universidade. Faço votos que as equipas da 2ª Divisão não desçam, é difícil mas ainda é possível e julgo que as da 3ª Divisão vão permanecer. Houve-se dizer que a Universidade vai terminar o que é pena.
Como presidente como são as relações da CPSE com os outros clubes Algarvios?
JB: As relações são as melhores, cordiais e elevados, como treinador que já fui e como Presidente, que ainda sou, sempre nos demos bem com os outros clubes. Poderão existir opiniões divergentes em relação a este ou aquele ponto mas isso é mesmo assim… Julgo que todos queremos o melhor para o nosso emblema e para a modalidade, defendendo-os da melhor maneira com respeito e educação pelos outros.
Na próxima época, com que espírito será encarada a estreia nos campeonatos nacionais?
JB: Ainda não está, totalmente, assumido que vamos participar nas provas nacionais na próxima época. Já foram efectuadas diversas diligências no sentido de se conseguir uma presença, contudo, temos que ser cautelosos, a sensatez deverá andar de braço dado com a audácia….
Temos ainda algum tempo para tomarmos esta decisão. Uma presença nas competições nacionais reveste-se de enorme responsabilidade. Ultrapassa a colectividade, a freguesia e o concelho, não queremos deixar ninguém mal visto, logo, temos que garantir as condições mínimas para participar.
Como o poeta dizia “preferimos ser reis do nosso silencio do que escravos das nossas palavras”. A seu tempo as decisões serão tomadas e tornadas publicas.
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Para terminar… O Tomás é para manter?
JB: Obviamente que sim.
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JB: Esperamos todos que sim contudo temos que ser compreensivos e responsáveis. Os tempos são muito difíceis, há 90 anos que a economia mundial não estava tão em queda como agora, existem governos a cair em diversos países e como tal temos que ser criativos e gerir a CPSE sem hipotecar o seu futuro. Aliás ficou mais que provado que não é com muito dinheiro que se conseguem grandes resultados, nós nos anos anteriores tínhamos um orçamento superior, contudo, os resultados foram menores. Este ano outras equipas investiram, 3 ou 4 vezes, mais que nós e ficaram para trás…
Vamos continuar a investir no conhecimento, nas pessoas e na credibilidade do nosso trabalho.
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A Casa do Povo de Sto. Estêvão não é só Futsal, mas esta modalidade é uma boa montra para todas as vossas outras actividades, tanto a nível cultural como desportivo, ou é um pouco ao contrário?
JB: Existe algum equilíbrio, pelo menos tentamos. Por ano temos no nosso espaço a acontecerem mais de 50 iniciativas, cerca de 5000 pessoas, envolvendo diferentes públicos, desde os miúdos/crianças da escola básica de Santo Estêvão, ao público em geral e idosos. O edifício da CPSE foi construído há 3 anos, inaugurado em 15 de Agosto de 2007, e representou um investimento de cerca de 500.000€, cerca de metade refere-se ao equipamento adquirido para garantir a sua funcionalidade. Está pago.
A vossa equipa é bastante jovem, muitos dos atletas vêm da formação, mas este ano o clube só tem 1 escalão de formação (escolas), está no horizonte uma aposta mais efectiva nos escalões de formação?
JB: Sempre apostámos na formação, aliás e como já foi referido, temos 6 atletas campeões que vieram dos nossos escalões de formação. Vários dos nossos jovens já integraram os trabalhos da selecção do Algarve. É sinal que têm valor.
O nosso maior problema é a escala, freguesia pequena, níveis de envelhecimento muito elevados e natalidade dos mais baixos da região. Não permite que se tenham jovens para ingressar nas fileiras da CPSE, mas o trabalho que temos realizado, julgados ser valido.
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O clube não tem pavilhão próprio, mas tem uma sede que é elogiada por muitos, estão a construir os alicerces de uma forma segura, será possível o clube ter um pavilhão próprio ou quanto muito a freguesia conseguir esse espaço?
JB: Se nos colocarem a questão: Gostariam de ter um Pavilhão na vossa freguesia, em Santo Estevão? A resposta seria naturalmente, sim, contudo temos que ter uma atitude responsável, compreensiva e entender o que tal envolve.Santo Estêvão tem cerca de 1000 habitantes. Um Pavilhão Desportivo é uma infra-estrutura dispendiosa que deve ser optimizado ao máximo e servir o maior numero de pessoas quanto possível, milhares de pessoas para se justificar a sua edificação. O custo de construção de um Pavilhão deverá rondar 1 000 000€, mais os custos inerentes á sua manutenção, pessoal, limpezas, consumíveis,... É difícil uma autarquia, por mais rica que seja, justificar num raio de 10km ter 3 pavilhões desportivos,....
Como sabemos as autarquias utilizam os nossos impostos, o dinheiro de todos nós e devem aplicá-lo da melhor forma, Santo Estevão, para quem não sabe onde se localiza, está num triângulo, a 5 minutos de Luz de Tavira e a 5 minutos de Tavira, onde se encontram dois Pavilhões Desportivos de elevada qualidade.
Assim, caso a freguesia aumente o número de habitantes, ai, logo se deverá equacionar a construção de um Pavilhão.
Pensemos ainda da seguinte forma, temos sempre treinado e jogado em Tavira, não existindo a pratica da modalidade na cidade, alem de sermos a equipa de Santo Estevão somos a equipa de Tavira?!?! Conseguindo mais adeptos, sócios, apoiantes,.. As pessoas hoje em dia deslocam-se desde que tenham interesse....
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Quando foi que sentiste que o sonho de chegar ao titulo podia ser possível?
JB: Sem falsas modéstias no jogo frente aos Putos da Rua em Castro Marim, naquele insólito encontro disputado em 2 dias. A equipa esteve muito bem e mesmo já sabendo dos restantes resultados foi enorme vencendo, a 2ª parte do encontro, e o jogo de forma categórica.
Que futuro podemos esperar para esta equipa?
O Tomás falou em reforços, porque os Campeonatos Nacionais são bem mais competitivos que o distrital.
O que vejo e isso acaba por influenciar e inflacionar a modalidade é que se praticam valores (e falo em dinheiro pago) muito altos, e depois quando o dinheiro acaba os projectos morrem, o Sto. Estêvão vai enveredar por esse caminho?
JB: Não vou, vamos, comprometer o futuro da CPSE. Quem quiser jogar na CPSE terá que perceber que somos uma instituição responsável que presta contas aos seus sócios, autarquia e patrocinadores. Tentaremos, dentro das nossas disponibilidades/possibilidades, efectuar a compensação por aquilo que é uma participação em 4 provas e deslocações mais distantes e demoradas.
Como já referi não são os valores elevados que levam ao sucesso desportivo mas sim as pessoas que estão identificadas com os projectos.
Que análise fazes ao futsal Algarvio em termos organizativos, há estrutura que existe e ao futuro da modalidade?
JB: Eu tenho uma boa impressão da modalidade na nossa região. Temos actualmente 2 equipas na 2ª Divisão Nacional e 3, que serão 4, na 3ª Divisão Nacional. Temos vindo a fazer muita formação nos últimos anos e os treinadores são cada vez mais qualificados, basta ver quantos participaram no curso de 2º nível que tu e eu tirámos no ano passado, 20 ou 25 treinadores?!?!
O nosso Futsal já “exportou” atletas para a selecção nacional, os casos do Cary e do Paulinho.
A minha única preocupação prende-se com o número de atletas, experientes e competitivos, que existem para formar/preencher as 6 equipas dos Campeonatos Nacionais e manter essas equipas ao mais alto nível. Julgo que temos que continuar a formar atletas e aproveitar os melhores treinadores para tal, caso contrario dentro de 2 ou 3 anos a modalidade perde notoriedade, competitividade e muitas equipas, ou acabam, ou descem para os distritais.
Julgo ainda que aquilo que neste momento algumas equipas estão a fazer, por terem alguma liquidez financeira, pagando valores a rondar os 200€ e 300€ a atletas do Distrital, poderá ser negativo para a modalidade. Inflacionam a modalidade e nem por isso conseguem resultados positivos. Dá-se uma inversão de valores, em vez de serem as Direcções a definir os montantes a pagar e a estratégia da colectividade são alguns jogadores que tomam as decisões, em seu próprio benefício, levando, inevitavelmente á desgraça….
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O Futsal Algarvio está bem representado nos Campeonatos Nacionais?
JB: Eu julgo que sim. Nunca antes estiveram tantas equipas nos Campeonatos Nacionais. 2ª Divisão, Albufeira Futsal e Louletano, 3ª Divisão Sonâmbulos, Intervivos e Universidade. Faço votos que as equipas da 2ª Divisão não desçam, é difícil mas ainda é possível e julgo que as da 3ª Divisão vão permanecer. Houve-se dizer que a Universidade vai terminar o que é pena.
Como presidente como são as relações da CPSE com os outros clubes Algarvios?
JB: As relações são as melhores, cordiais e elevados, como treinador que já fui e como Presidente, que ainda sou, sempre nos demos bem com os outros clubes. Poderão existir opiniões divergentes em relação a este ou aquele ponto mas isso é mesmo assim… Julgo que todos queremos o melhor para o nosso emblema e para a modalidade, defendendo-os da melhor maneira com respeito e educação pelos outros.
Na próxima época, com que espírito será encarada a estreia nos campeonatos nacionais?
JB: Ainda não está, totalmente, assumido que vamos participar nas provas nacionais na próxima época. Já foram efectuadas diversas diligências no sentido de se conseguir uma presença, contudo, temos que ser cautelosos, a sensatez deverá andar de braço dado com a audácia….
Temos ainda algum tempo para tomarmos esta decisão. Uma presença nas competições nacionais reveste-se de enorme responsabilidade. Ultrapassa a colectividade, a freguesia e o concelho, não queremos deixar ninguém mal visto, logo, temos que garantir as condições mínimas para participar.
Como o poeta dizia “preferimos ser reis do nosso silencio do que escravos das nossas palavras”. A seu tempo as decisões serão tomadas e tornadas publicas.
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Para terminar… O Tomás é para manter?
JB: Obviamente que sim.
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Luis Barradas