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terça-feira, 4 de maio de 2010

ENTREVISTA A JOSÉ BARRADAS - PRESIDENTE CPS ESTEVÃO

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NOME: José Geraldo Nascimento Barradas
PRESIDENTE DA CPSE DESDE: 12 anos
CURSO TREINADOR FUTSAL: Nível II
ANOS COMO TREINADOR: 8
CLUBES QUE TREINOU: CPSE
IDADE:
35
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A equipa do Sto. Estêvão conseguiu um feito enorme, a equipa salvou-se na época passada da descida de divisão na última jornada e nesta época consegue o título Algarvio e a subida à 3ª. Divisão Nacional. Os extremos tocaram-se.
Algo diferente aconteceu também o treinador deu lugar a presidente e consegue trazer para o clube um dos mais bem sucedidos treinadores algarvios.
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O Sto. Estêvão está de parabéns, pelo feito conseguido, na opinião do presidente, foi mais difícil o titulo Algarvio ou a manutenção na época passada?

JB: São ambos de enorme felicidade contudo distintos.
No ano passado tínhamos uma grande equipa, grande parte dela transitou para este ano. Muitos factores nos lançaram para os últimos lugares da classificação o ano passado. Varias expulsões, lesões graves e uma primeira volta muito muito má, quando estávamos em primeiro lugar no inicio da época. Contudo conseguimos ser a melhor equipa da 2ª volta e todos os que comigo colaboraram sabem do que estou a falar e sabem como fomos enormes capazes de contrariar as varias adversidades dentro e fora de campo…
Este ano cedo se percebeu o valor dos nossos adversários e se percebeu a qualidade do trabalho que se estava a realizar. Fomos justos vencedores porque conseguimos ser os mais regulares dai que com naturalidade a 2 jornadas do final nos sagrámos Campeões.

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O que ganhou o Sto. Estêvão com esta troca? Um bom presidente ou perdeu um bom treinador?

JB: Eu sempre fui o mesmo Presidente, sou-o há 12 anos, trabalhando para que as coisas resultem. Se calhar ao abdicar do cargo de Treinador e ter arranjado um excelente treinador, ficou mais tempo para aquilo a que um Presidente diz respeito.
Se fui um bom ou mau treinador, não sei, nem me compete a mim julga-lo, tenho a consciência tranquila que sempre tentei dar o meu melhor em prole dos meus atletas e equipa, errei muitas vezes, naturalmente, só quem não toma decisões não erra, nunca recebi um cêntimo como treinador da CPSE durante 8 anos, mas também julgo que terei algum valor, consegui uma subida de Divisão, uma meia final da Taça do Algarve e sempre uma presença assídua junto das equipas da frente da I Divisão,…….
No ano passado, ainda a nossa época estava a decorrer, tínhamos ainda 3 jogos para realizar, muito difíceis, frente ás equipas da frente, decidi deixar de treinar a equipa sénior. Estava cansado do campeonato que tínhamos tido, existiam questões pessoais que iriam alterar a minha disponibilidade e percebi que o meu ciclo tinha chegado ao fim.
Foi nessa ocasião que falei com o Tomas Viegas, ele que também estava com o seu ciclo nos Sonâmbulos, onde fez um enorme/excelente trabalho, a terminar. Nunca poderia deixar os meus atletas, como treinador e/ou presidente, entregues a alguém que não os pudesse ajudar e soubesse mais que eu.
Conhecendo o Campeonato, onde durante vários anos participei e trouxe a equipa da 2ª Divisão, e o trabalho do Tomas, fruto da sua experiência na 3ª Divisão Nacional, percebi que ele era a pessoa certa para levar esta equipa mais longe. E assim foi, ate foi mais longe do que se pensou inicialmente…
Se calhar por ser treinador dou mais valor e reconheço o trabalho que os meus colegas fazem e sei perceber o que está correcto e incorrecto.


Muitos dão mérito ao feito conseguido a Tomás Viegas, mas o homem que decidiu e tomou essa decisão foi o presidente. Não é fácil abdicar de um lugar e acima de tudo ir contratar alguém com a capacidade do Tomás. Foi fácil tomar essa decisão?

JB: E dão-o muito bem porque ele o merece.
Ao inicio custou um pouco, como é compreensível, não é todos os dias, e não são muitos os que o fazem certamente, que deixam de fazer algo de que se gosta muito por opção própria, espontânea vontade, alem de ter formação, nível II de Futsal da FPF. Mas a Instituição estava acima dos meus interesses pessoais.
Por uma questão de respeito pelos meus atletas, sócios e patrocinadores, para sair tinha que arranjar alguém que fosse capaz de fazer melhor do que aquilo que eu tinha realizado, como já frisei a Instituição está acima dos meus interesses pessoais. O Tomás, para mim, é dos melhores treinadores do Algarve e logo a opção foi fácil.
O meu adjunto, Eduardo Cunha, licenciado em Educação Física, que nos últimos anos tinha estado sempre a meu lado, manteve-se, bem como a restante equipa médica, medico, massagistas e fisioterapeuta.
O Tomas trouxe a sua enorme experiência e fez um excelente trabalho.

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Perguntei ao Tomás como era trabalhar com um presidente que também é treinador. E como é ser Presidente e ter noção do trabalho que se está a desenvolver, como é trabalhar com o Tomás?

JB: Foi e é muito interessante e fácil. Aprende-se imenso e trocam-se muitas experiências e opiniões, prevalecendo, sempre, claro está, a do Treinador que tem a responsabilidade de liderar a equipa. Parece que funcionou…
O Tomas tem as suas opiniões, sempre fomos consensuais, trouxe muita experiência e isso fez toda a diferença neste campeonato.
Quando se tem alguém com quem falar que partilha os mesmos interesses, gostos e expectativas as coisas são mais agradáveis….

Quando o Tomás foi contratado a possibilidade de lutar pelo título foi logo encarada ou o projecto era a médio prazo?

JB: Nunca se pensou em subir de Divisão neste primeiro ano, apesar de existir incentivo caso isso se conseguisse. Ninguém, no pré época e início do Campeonato diria que seríamos Campeões. Eu nunca, apesar das derrotas iniciais, deixei de acreditar no trabalho que se estava a realizar e que seria apenas uma questão de tempo para estabilizar a equipa e logo se veria…
O projecto era a dois anos e agora teve que ser reformulado…. O objectivo era, no primeiro ano, integrar os juniores que subiram de escalão, 6 atletas, com os restantes que transitaram da época passada e os novos atletas que o Tomas trouxe e só no segundo ano tentar uma subida de Divisão.

Este campeonato foi um dos mais disputados dos últimos anos o que valoriza ainda mais a vossa conquista.
Em termos de apoios tanto privados como institucionais, que apoios têm?

JB: Temos o apoio do Município de Tavira e da Junta de Freguesia local. Alguns patrocinadores, este ano não lhes foi possível dar o seu contributo, tratam-se de empresas ligadas á construção civil. Foi o ano com o orçamento mais baixo dos últimos 5 anos contudo com os melhores resultados desportivos. A participação numa Divisão Nacional terá que ser muito bem pensada porque estamos a falar de um orçamento 4 vezes superior ao que agora temos….
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Será agora mais fácil conseguir chamar há atenção mais entidades?
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JB: Esperamos todos que sim contudo temos que ser compreensivos e responsáveis. Os tempos são muito difíceis, há 90 anos que a economia mundial não estava tão em queda como agora, existem governos a cair em diversos países e como tal temos que ser criativos e gerir a CPSE sem hipotecar o seu futuro. Aliás ficou mais que provado que não é com muito dinheiro que se conseguem grandes resultados, nós nos anos anteriores tínhamos um orçamento superior, contudo, os resultados foram menores. Este ano outras equipas investiram, 3 ou 4 vezes, mais que nós e ficaram para trás…
Vamos continuar a investir no conhecimento, nas pessoas e na credibilidade do nosso trabalho.

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A Casa do Povo de Sto. Estêvão não é só Futsal, mas esta modalidade é uma boa montra para todas as vossas outras actividades, tanto a nível cultural como desportivo, ou é um pouco ao contrário?

JB: Existe algum equilíbrio, pelo menos tentamos. Por ano temos no nosso espaço a acontecerem mais de 50 iniciativas, cerca de 5000 pessoas, envolvendo diferentes públicos, desde os miúdos/crianças da escola básica de Santo Estêvão, ao público em geral e idosos. O edifício da CPSE foi construído há 3 anos, inaugurado em 15 de Agosto de 2007, e representou um investimento de cerca de 500.000€, cerca de metade refere-se ao equipamento adquirido para garantir a sua funcionalidade. Está pago.

A vossa equipa é bastante jovem, muitos dos atletas vêm da formação, mas este ano o clube só tem 1 escalão de formação (escolas), está no horizonte uma aposta mais efectiva nos escalões de formação?

JB: Sempre apostámos na formação, aliás e como já foi referido, temos 6 atletas campeões que vieram dos nossos escalões de formação. Vários dos nossos jovens já integraram os trabalhos da selecção do Algarve. É sinal que têm valor.
O nosso maior problema é a escala, freguesia pequena, níveis de envelhecimento muito elevados e natalidade dos mais baixos da região. Não permite que se tenham jovens para ingressar nas fileiras da CPSE, mas o trabalho que temos realizado, julgados ser valido.

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O clube não tem pavilhão próprio, mas tem uma sede que é elogiada por muitos, estão a construir os alicerces de uma forma segura, será possível o clube ter um pavilhão próprio ou quanto muito a freguesia conseguir esse espaço?

JB: Se nos colocarem a questão: Gostariam de ter um Pavilhão na vossa freguesia, em Santo Estevão? A resposta seria naturalmente, sim, contudo temos que ter uma atitude responsável, compreensiva e entender o que tal envolve.Santo Estêvão tem cerca de 1000 habitantes. Um Pavilhão Desportivo é uma infra-estrutura dispendiosa que deve ser optimizado ao máximo e servir o maior numero de pessoas quanto possível, milhares de pessoas para se justificar a sua edificação. O custo de construção de um Pavilhão deverá rondar 1 000 000€, mais os custos inerentes á sua manutenção, pessoal, limpezas, consumíveis,... É difícil uma autarquia, por mais rica que seja, justificar num raio de 10km ter 3 pavilhões desportivos,....
Como sabemos as autarquias utilizam os nossos impostos, o dinheiro de todos nós e devem aplicá-lo da melhor forma, Santo Estevão, para quem não sabe onde se localiza, está num triângulo, a 5 minutos de Luz de Tavira e a 5 minutos de Tavira, onde se encontram dois Pavilhões Desportivos de elevada qualidade.
Assim, caso a freguesia aumente o número de habitantes, ai, logo se deverá equacionar a construção de um Pavilhão.
Pensemos ainda da seguinte forma, temos sempre treinado e jogado em Tavira, não existindo a pratica da modalidade na cidade, alem de sermos a equipa de Santo Estevão somos a equipa de Tavira?!?! Conseguindo mais adeptos, sócios, apoiantes,.. As pessoas hoje em dia deslocam-se desde que tenham interesse....

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Quando foi que sentiste que o sonho de chegar ao titulo podia ser possível?

JB: Sem falsas modéstias no jogo frente aos Putos da Rua em Castro Marim, naquele insólito encontro disputado em 2 dias. A equipa esteve muito bem e mesmo já sabendo dos restantes resultados foi enorme vencendo, a 2ª parte do encontro, e o jogo de forma categórica.

Que futuro podemos esperar para esta equipa?
O Tomás falou em reforços, porque os Campeonatos Nacionais são bem mais competitivos que o distrital.
O que vejo e isso acaba por influenciar e inflacionar a modalidade é que se praticam valores (e falo em dinheiro pago) muito altos, e depois quando o dinheiro acaba os projectos morrem, o Sto. Estêvão vai enveredar por esse caminho?

JB: Não vou, vamos, comprometer o futuro da CPSE. Quem quiser jogar na CPSE terá que perceber que somos uma instituição responsável que presta contas aos seus sócios, autarquia e patrocinadores. Tentaremos, dentro das nossas disponibilidades/possibilidades, efectuar a compensação por aquilo que é uma participação em 4 provas e deslocações mais distantes e demoradas.
Como já referi não são os valores elevados que levam ao sucesso desportivo mas sim as pessoas que estão identificadas com os projectos.


Que análise fazes ao futsal Algarvio em termos organizativos, há estrutura que existe e ao futuro da modalidade?

JB: Eu tenho uma boa impressão da modalidade na nossa região. Temos actualmente 2 equipas na 2ª Divisão Nacional e 3, que serão 4, na 3ª Divisão Nacional. Temos vindo a fazer muita formação nos últimos anos e os treinadores são cada vez mais qualificados, basta ver quantos participaram no curso de 2º nível que tu e eu tirámos no ano passado, 20 ou 25 treinadores?!?!
O nosso Futsal já “exportou” atletas para a selecção nacional, os casos do Cary e do Paulinho.
A minha única preocupação prende-se com o número de atletas, experientes e competitivos, que existem para formar/preencher as 6 equipas dos Campeonatos Nacionais e manter essas equipas ao mais alto nível. Julgo que temos que continuar a formar atletas e aproveitar os melhores treinadores para tal, caso contrario dentro de 2 ou 3 anos a modalidade perde notoriedade, competitividade e muitas equipas, ou acabam, ou descem para os distritais.
Julgo ainda que aquilo que neste momento algumas equipas estão a fazer, por terem alguma liquidez financeira, pagando valores a rondar os 200€ e 300€ a atletas do Distrital, poderá ser negativo para a modalidade. Inflacionam a modalidade e nem por isso conseguem resultados positivos. Dá-se uma inversão de valores, em vez de serem as Direcções a definir os montantes a pagar e a estratégia da colectividade são alguns jogadores que tomam as decisões, em seu próprio benefício, levando, inevitavelmente á desgraça….

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O Futsal Algarvio está bem representado nos Campeonatos Nacionais?

JB: Eu julgo que sim. Nunca antes estiveram tantas equipas nos Campeonatos Nacionais. 2ª Divisão, Albufeira Futsal e Louletano, 3ª Divisão Sonâmbulos, Intervivos e Universidade. Faço votos que as equipas da 2ª Divisão não desçam, é difícil mas ainda é possível e julgo que as da 3ª Divisão vão permanecer. Houve-se dizer que a Universidade vai terminar o que é pena.

Como presidente como são as relações da CPSE com os outros clubes Algarvios?

JB: As relações são as melhores, cordiais e elevados, como treinador que já fui e como Presidente, que ainda sou, sempre nos demos bem com os outros clubes. Poderão existir opiniões divergentes em relação a este ou aquele ponto mas isso é mesmo assim… Julgo que todos queremos o melhor para o nosso emblema e para a modalidade, defendendo-os da melhor maneira com respeito e educação pelos outros.

Na próxima época, com que espírito será encarada a estreia nos campeonatos nacionais?

JB: Ainda não está, totalmente, assumido que vamos participar nas provas nacionais na próxima época. Já foram efectuadas diversas diligências no sentido de se conseguir uma presença, contudo, temos que ser cautelosos, a sensatez deverá andar de braço dado com a audácia….
Temos ainda algum tempo para tomarmos esta decisão. Uma presença nas competições nacionais reveste-se de enorme responsabilidade. Ultrapassa a colectividade, a freguesia e o concelho, não queremos deixar ninguém mal visto, logo, temos que garantir as condições mínimas para participar.
Como o poeta dizia “preferimos ser reis do nosso silencio do que escravos das nossas palavras”. A seu tempo as decisões serão tomadas e tornadas publicas.
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Para terminar… O Tomás é para manter?

JB: Obviamente que sim.

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Luis Barradas

quinta-feira, 22 de abril de 2010

... ATÉ AO TITULO


Desloquei-me ao Pavilhão Dr. Eduardo Mansinho - Tavira, local de treinos e jogos da equipa Campeã do Algarve a Casa do Povo Sto. Estevão, onde fui recebido de uma forma muito simpática e acolhedora. Tenho que agradecer desde já ao Presidente José Barradas, a Tomás Viegas e toda a equipa, a disponibilidade que demonstraram para que esta entrevista fosse possível.

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A conversa começou com Tomás Viegas...
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Tomás Viegas - Treinador
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Tomás a vossa equipa inicialmente não foi encarada como uma das candidatas ao titulo, mas com o decorrer da prova, os adversários foram mudando a forma como vos viam e começaram a olhar para a vossa equipa como uma séria candidata na luta pelo titulo Algarvio?
TOMÁS VIEGAS: É uma verdade o projecto inicial era aproveitarmos os miúdos que tínhamos cá e fazermos um trabalho de forma a que daqui a 2 anos conseguíssemos ter uma base, que compreendesse o meu modelo de jogo... Mas sou sincero e de inicio quando comecei e com uma pré-época que tivemos péssima eu cheguei a comentar com alguém que se não descêssemos já era bom, só que felizmente as coisas foram andando, foi evoluindo e a equipa cresceu imenso, mas ainda tem muito para crescer, estamos muito longe daquilo que eu pretendo e para ser campeão do Algarve, digo sinceramente, que se calhar existem equipas muito mais apetrechadas de que nós, mas isto é um campeonato, tem que se manter uma regularidade e nós fomos ganhando os nossos jogos, fomos aproveitando os deslizes dos outros e terminámos em primeiro e penso que justamente.
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Eu recordo-me que em Janeiro, no dia 7, quando publiquei a entrevista que fiz (ao Tomás) tinha feito referência que ainda faltava alguma experiência a esta equipa, porque os conceitos ainda não estavam bem adquiridos, mas pelos visto essa inexperiência, não foi vital para conseguirem o desejado titulo?
TOMÁS VIEGAS: Costuma-se dizer que não há campeão sem sorte e nós em algumas situações tivemos aquela pontinha de sorte. Porque existem coisas ainda... se analisarmos o jogo e o vermos ao pormenor, ainda existem falhas que são totalmente inadmissíveis numa equipa que quer ser campeã e que quer alcançar outros voos, mas vamos ver se isto não nos irá pagar caro, toda esta juventude, toda esta euforia... ainda neste ultimo jogo que tivemos frente ao Centro Alte, houve muita euforia, muito peito aberto e se calhar pensaram que só as camisolas chegavam para ganhar o jogo... e era um jogo que teoricamente era de ganhar, se o tivéssemos encarado como encaramos os outros, só que ouve algum desleixo, mas também se compreende... os miúdos - alguns de primeiro ano de seniores - conseguirem logo ser campeões e isto quer queiramos, quer não, sobe logo à cabeça e mexe um pouco com eles, como mexeu. Fizemos talvez a nossa pior primeira parte da época, incluindo, se calhar alguns jogos da pré-época. Mas a segunda parte foi diferente, tivemos outra atitude, aproximamo-nos um pouco daquilo que fomos ao longo da época. Mas mesmo assim cometemos muitos erros... depois de estarmos na frente do marcador, onde podíamos controlar o jogo... voltamos a cometer mais um erro... onde só houve um jogador (do alte) que acreditou que o nosso guarda-redes podia defender e foi à recarga e marcou. Mas vamos continuar a trabalhar, falta um jogo, que é aqui na nossa casa, e vamos tentar ganhar esse jogo.
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Qual foi o momento chave que o Tomás sentiu, que o sonho se poderia tornar realidade e chegarem a campeões do Algarve?
TOMÁS VIEGAS: Sinceramente, faltando 5 a 6 jornadas, senti e comecei realmente a envolver-me um pouco nisto e começar a acreditar. Tivemos um percalço, que foi a derrota em Lagos, em que pensei isto vai-se complicar, mas felizmente nesse fim de semana ou outros também não ganharam, houve um que apenas empatou... mas na semana seguinte, nós conseguimos ganhar e os outros escorregaram todos, e nós aproveitamos a embalagem e no jogo aqui em casa com o S. Pedro, mesmo que a Casa do Benfica tivesse ganho, faltava-nos um ponto, acredito que este empate no Alte, se tivéssemos necessidade de ganhar, teríamos encarado o jogo de outra forma e se não fossemos campeões a 2 jornadas do fim seriamos na seguinte...
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Na entrevista de Janeiro, fiz referência que a grande aquisição do Sto. Estevão desta época não tinha sido um jogador mas sim o Tomás e a sua grande experiência. E recordo que o Tomás se referiu a isso como um valor acrescido. O que prova que na realidade a experiência do Tomás foi uma mais valia para esta equipa?
TOMÁS VIEGAS: Como disse naquela altura, fui tentando passar essa minha experiência para os jogadores, mas nem sempre é fácil. pode-se ser o melhor treinador do mundo, mas se os jogadores não quiserem colaborar não se consegue fazer nada. E os jogadores colaboraram, os mais velhos sempre incentivando os mais novos, estes corrigindo algumas deficiências, que ainda têm, mas foram corrigindo aos poucos e há jogadores que tiveram uma evolução enorme. Principalmente um, que é um dos jogadores preponderantes, muito bom no 1x1, mas que era um jogador que em termos defensivos ficava muito aquém. Ainda não está perfeito, mas a perfeição nunca se consegue atingir, mas podemos tentar aproximar ao máximo, mas este jogador evoluiu muito em termos defensivos. Os outros em termos de conjunto começaram a perceber a minha filosofia de jogo, aquilo que eu pretendia, começaram a fazer as passagens, começaram a fazer bem as dobras, começaram a aprender a jogar em entre-linhas, na busca e que era quase impensável no principio, quando aqui cheguei... mas a equipa foi crescendo aos poucos, e como sabem as vitórias vão dando moral e elas foram surgindo e eles começaram a acreditar e conseguimos. Penso que justamente.
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Avaliando o campeonato deste ano, que para mim foi um dos mais nivelados dos últimos anos, é bom para o futsal Algarvio aparecerem 4 equipas a disputar o titulo até final da competição?
TOMÁS VIEGAS: É muito bom... é saudável e em termos competitivos qualquer equipa que seja campeã num campeonato competitivo vai muito melhor preparada para uma 3ª. Divisão Nacional. E como disse em Janeiro eu não conhecia muito bem o futsal Algarvio, mais propriamente o Distrital, já que estive muito tempo nos nacionais, mas em minha opinião existe já muito trabalho no distrital, mas penso que poderia existir um melhor trabalho, existem equipas com muitos bons jogadores, mas em termos colectivos... não sei se privilegiam mais o individual, mas penso que o futsal está melhor do que estava à uns anos, mas pensava que estava um pouco melhor, e se formos analisar isto friamente e se formos ver o que nos fez sermos campeões, foi a nossa organização o nosso trabalho e se vermos o ano passado, houve uma equipa que subiu praticamente com uma perna às costas e essa equipa foi a mais organizada em termos colectivos, e subiu com uma grande diferença, por isso digo que se a minha equipa tivesse mais um ano de trabalho, se calhar em vez de termos subido a 2 jornadas do final do campeonato, tínhamos subido a 4 jornadas. Encontrei nas outras equipas alguma irregularidade, algum desnorte e em muitas delas em termos defensivos, em minha opinião deixam muito a desejar. O campeonato ainda não terminou, somos neste momento a melhor defesa, o segundo melhor ataque. Eu digo sempre que os bons golos e os bons jogadores resolvem jogos, mas as boas equipas e os colectivos ganham campeonatos.
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E o futuro, o que podemos esperar do Sto. Estevão na 3ª. Divisão?
TOMÁS VIEGAS: Vamos ver... Há sempre esperança, o grupo é muito jovem, aquilo que nós ambicionávamos era irmos buscar alguns jogadores com mais experiência, mas também não é fácil. E se conseguirem reunir o mínimo de condições que eu pedi para eu continuar com o projecto, mesmo com uma equipa jovem, mas com a impossibilidade de ir buscar jogadores com mais experiência, se calhar vamos tentar ir buscar jogadores jovens, mas com qualidade. Sei que é um risco, conheço a 3ª. Divisão Nacional, não é que existam grandes equipas na 3ª. Divisão, mas são equipas muito certinhas, com alguns jogadores já batidos e a inexperiência pudesse pagar cara. A vida é feita de riscos, foi um risco quando para aqui vim e quando alguém me disse que gostava de ser campeão, era um risco... portanto, vamos tentar reunir um grupo forte, vamos para a 3ª. Divisão Nacional, para que possamos permanecer lá, porque o primeiro ano é o mais difícil de todos e é mais difícil permanecer na 3ª. do que ser campeão na distrital, tenho a certeza absoluta disso.
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Com a experiência do Tomás, como foi trabalhar com um presidente que tem conhecimentos de futsal, já que também é treinador, o que muitas vezes não acontece, a grande maioria dos directores não têm conhecimentos técnicos?
TOMÁS VIEGAS: Foi muito fácil. Eu conhecia o Barradas, não intimamente, estou muito satisfeito, mostrou sempre abertura, mostrou sempre confiança em mim, muitas vezes elogiando acho que em demasia e isso às vezes pode-nos fazer envaidecer. Foi alguém que sempre foi frontal, que sempre esteve à disposição, que sempre me forneceu o máximo que podia, penso que se não forneceu mais condições foi porque também não pode, mas para mim foi uma agradável surpresa trabalhar com ele... e se houver condições, continuarei a trabalhar.
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Uma ultima pergunta se o Sto. Estevão conseguir o objectivo de se manter na 3ª. Divisão, podemos esperar voos mais altos?
TOMÁS VIEGAS: Se nos conseguirmos manter na 3ª., penso que no ano seguinte passará por fazermos o melhor possível, se depois houver condições para reforçar a equipa e pensar noutros voos certamente que não rejeitaremos. Vamos tentar ir passo a passo é uma equipa jovem... Mas não digo logo subir de divisão, mas pelo menos fazer um campeonato mais tranquilo, chegar um pouco mais acima e sempre que possível vamos sempre ambicionando mais, eu se puder terminar em primeiro, certamente não terminarei em segundo...
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O Guarda-redes...
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Ricardo "Quebra"
Guarda-redes - 29 anos
6 anos futsal
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Quebra, quero dar-lhe os parabéns pelo feito conseguido.
Como foi trabalhar com um treinador como o Tomás, com grande experiência?
QUEBRA: Desde já obrigado. Felizmente para mim não foi a primeira vez que trabalhei com o Tomás. Já tinha trabalhado com ele nos Sonâmbulos, já tinha sido campeão com ele nos Sonâmbulos e para mim voltar a trabalhar com o Tomás foi uma enorme alegria. Acima de tudo o Tomás trouxe disciplina a este grupo, porque precisava, andava um pouco à deriva. Essencialmente no aspecto da disciplina, o ano passado não correu tão bem. Por exemplo no último jogo a 30 minutos do fim estávamos com um pé na 2ª. Divisão Distrital, mas felizmente conseguimos mantermo-nos e este ano foi um ano fantástico.

Para si qual foi o momento chave... aquele momento em que sentiram que poderiam ser campeões?
QUEBRA: Para mim foi no jogo em Castro Marim com os Putos da Rua, eu na primeira parte sou expulso e uma equipa de futsal tem que ter pelo menos 2 jogadores para cada lugar e nesse aspecto o Sto. Estevão este ano estava bem servido de guarda-redes e quando fui expulso, não se notou a diferença e o meu colega Rui entrou muito bem no jogo (foi o jogo que foi interrompido ao intervalo) e nesse jogo senti que a equipa estava preparada para a subida.

Este campeonato foi um dos mais equilibrados, que diferenças sentiu deste para os outros anos anteriores?
QUEBRA: Há 6 anos que estou no futsal e este ano foi o mais equilibrado de sempre, porque hoje em dia todas as equipas trabalham bem, têm bons treinadores, bons jogadores e o futsal evoluiu, esse foi o aspecto mais importante. Porque já existe muita paixão tanto pelos treinos como pelos jogos no que diz respeito aos jogadores.

Quais as suas expectativas para a 3ª. Divisão Nacional e quais os sonhos?
QUEBRA: Em primeiro lugar era tentar manter o treinador isso era essencial, um treinador com esta qualidade tem sempre equipas atrás a quererem que ele vá trabalhar para essas mesmas equipas e depois é a manutenção na 3ª. Divisão, não nos podem exigir mais.
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Honorato um dos mais jovens do grupo de trabalho...

Honorato
Ala - 21 anos
5 anos futsal
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O Honorato é um dos mais jovens da equipa e dos mais inexperientes, como foi trabalhar com um treinador como o Tomás, com uma carga de trabalho evoluída?
HONORATO: Foi muito bom, implementou muitos sistemas novos, tácticas de jogo que eu nunca imaginei que poderia existir no futsal... foi mesmo muito bom, aprendi muita coisa com ele. Não é fácil chegar e logo no primeiro ano ser campeão do Algarve. É um treinador exigente, como deve ser um treinador.

Para um jovem como o Honorato isto parece um sonho quase impossível de alcançar, quais são os seus objectivos no futuro?
HONORATO: No futuro... espero continuar aqui, jogar no Nacional com esta equipa e fazer o meu melhor para ajudar a equipa, para que também a nível individual possa ter outros objectivos.

Qual foi a diferença entre o Sto. Estevão e as outras equipas, para que este êxito fosse alcançado?
HONORATO: Fomos uma equipa unida, responsáveis e penso que praticamos um bom futsal, o que foi essencial. Defendíamos bem, temos atletas novos... Mas penso que a principal virtude está no Tomás ele é que nos ensinou e nos deu uma grande ajuda, ensinou-nos coisas novas. Fomos humildes, concentrados e com muito trabalho.

Como um dos mais jovens, sentiu apoio por parte dos colegas mais experientes?
HONORATO: Senti sempre muito apoio, jogo no clube desde o primeiro ano de juniores, mas sempre fui muito bem tratado e penso que os meus colegas que chegaram este ano sentiram sempre esse apoio por parte dos mais velhos. Tentaram ajudar e incentivaram sempre.
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A experiência dos mais velhos...
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Neves
Universal - 35 anos
10 anos futsal
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Para muitos a grande contratação do Sto. Estevão foi o experiente treinador, que comentário faz a esta afirmação?
NEVES: Estou plenamente de acordo com essa contratação e com essa afirmação. Penso que não vale apena nós estarmos a regatear mais elogios para o Tomás porque quem trabalha com ele sabe que ele é um líder por natureza e nestas coisas tem que haver um líder, não é um mandante, porque mandantes há muitos. Temos que ter um comandante... e que todos os sigam para a luta e foi o que ele fez aqui. Eu já trabalhei com o Tomás... na altura deixei a modalidade por motivos profissionais e familiares. Fiquei muito satisfeito com o regresso do Tomás ao futsal Distrital e nomeadamente à nossa equipa, porque foi sem duvida uma mais valia e conseguiu transmitir a sua mensagem, tanto aos mais velhos como aos mais novos e o resultado está à vista sem duvida nenhuma. Este campeonato numa grande parte, senão no seu total é devido ao mister Tomás Viegas.
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Qual foi o momento que sentiu que seria possível concretizar estes objectivos alcançados?
NEVES: Penso que tivemos 3 momentos chaves. O primeiro momento, foi antes do campeonato começar, com derrotas atrás de derrotas na pré-época tivemos situações internas que não sou eu que as vou fazer sair cá para fora, porque é um lema do nosso grupo, desde que o Tomás o comanda que nada sai cá para fora, tudo é resolvido cá dentro e ai o Tomás ganhou o grupo, ganhou a equipa mais cedo do que estava à espera.
Depois temos outro momento chave que é em meados de Dezembro, quando eu comecei a ver jogadores que não defendiam a defenderem e a segurar resultados, quando nos apanhávamos a ganhar e conseguíamos segurar a vantagem. Algo que nunca tinha visto nestes miúdos e já estou aqui à algum tempo (6 anos).
E depois é já em Fevereiro quando vejo uma agitação muito grande à volta da nossa equipa, fomos a todos os campos sem tremer. Agora aconteceu este incidente em Loulé (empate a 2) ao qual ouvi alguns comentários no blog a este não sucesso, mas nós também não podemos menosprezar um adversário jovem que arregaçou as mangas e quis e nós fomos com os galões e fomos surpreendidos e quem foi ver o jogo pode ter ficado desiludido por termos praticado um futsal de pouca qualidade na primeira parte, mas o que é importante é que o campeonato é uma prova de regularidade e fomos sem duvida a equipa mais regular e isso provasse nas vitórias, derrotas, empates que tivemos ao longo do campeonato.

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O Neves conhece o Tomás há alguns anos, mas para os jogadores mais jovens que não tinham uma disciplina táctica, tanto no treino como depois no jogo, deve ter sido ao início bem complicado. O apoio dos mais velhos foi importantíssimo para que esses jovens assimilassem o que o treinador pretendia?
NEVES: Ás vezes não basta mandar fazer, temos também que dar o exemplo e fazer. A abnegação dos mais velhos foi sem duvida um trunfo muito forte e o Tomás jogou com isso também ao aceitar jogadores que estavam fora do futebol e do futsal, sem jogarem há 2 anos, como é o caso do Henrique, que veio dar uma força espectacular de ensinamento de humildade aos mais jovens não me posso esquecer também do Alírio que foi sem duvida um marco importante na nossa equipa, porque foi um esteio defensivo enorme, táctico, o Tomás será a pessoa mais capacitada para falar disso, mas é obvio que nós os mais velhos temos que ajudar os mais novos. Porque estes miúdos que aparecem no futsal só se lembram que são jogadores quando fazem as coisas bem feitas, quando são repreendidos não gostam muito e nem têm humildade para aceitar que os chamem à atenção, mas graças a Deus o Tomás levou a bom porto, todos, os velhos, os novos e o resultado está à vista, acho que estamos todos de parabéns, e é um facto histórico na nossa pequena freguesia, podermos erguer os braços e gritarmos somos campeões.
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E sonhos para o futuro, o que espera na 3ª. Divisão Nacional?
NEVES: O sonho comanda a vida... como dizia o poeta... Eu pessoalmente já manifestei qual vai ser a minha situação, o mister Tomás já falou comigo por isso está tudo em aberto, só que já vão sendo alguns anos e as pernas já me vão pesando e chega ali a Dezembro... tenho que pensar bem no futuro, mas obviamente fora ou dentro vou estar cá para dar o meu contributo para ajudar os meus colegas a fazerem uma boa campanha no nacional, sei que é difícil, mas temos que ver que este ano o nacional vai estar recheado de equipas do Algarve, o que pode dar para trabalhar sem existir tanto cansaço das viagens... Estes miúdos que aqui estão parece que só ficam espevitados quando existem confrontos com derbys, parece que jogam melhor... assim é bom termos muitas equipas Algarvias... assim é uma forma de também divulgar mais o futsal, porque é preciso mais adeptos e chamar também mais praticantes.

Podemos ver o Neves, como um futuro treinador no futsal?
NEVES: Sim é uma possibilidade, mas neste momento encontro-me a treinar uma equipa de futebol, na Casa do Benfica de Tavira, uma equipa de miúdos dos 4 aos 6 anos, mas é possível que um dia apareça no futsal, mas temos que ter calma, primeiro temos que aprender mais que é para depois colocar em prática esses conhecimentos.









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Luis Barradas

quarta-feira, 21 de abril de 2010

STO. ESTEVÃO EM DESTAQUE

A não perder entrevista com Tomás Viegas (Treinador) o grande obreiro do sucesso da equipa do Sto. Estevão, Ricardo Ramos "Quebra" (G. Redes) um dos experientes atletas da equipa do concelho de Tavira, Honorato Ricardo (Ala) um jovem atleta formado no clube e Pedro Neves (Universal) um dos esteios desta equipa.



Nesta entrevista vou dar a conhecer um pouco mais do que foi esta época, das dificuldades, dos sonhos, do futuro e das expectativas.

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Luis Barradas

terça-feira, 20 de abril de 2010

COMUNICADO DA DIRECÇÃO DO STO. ESTEVÃO.

A Direcção da Casa do Povo de Sto. Estevão, enviou uma nota de imprensa que coloco no blog
para conhecimento de todos.
Tal como referi na semana passada irei colocar uma reportagem sobre os vencedores do Distrital, com entrevista ao treinador Tomás Viegas, jogadores e restante grupo de trabalho.
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NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL
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Exmos Senhores

É com enorme prazer e orgulho, pelo feito alcançado, que vos dirigimos.

Há alguns anos atrás, quando se iniciou a actividade desportiva na CPSE, estávamos longe de pensar que se chegaria tão longe.

Santo Estevão é uma pequena freguesia do Barrocal Algarvio, em Tavira, com pouco mais de 1000 habitantes, 28 km2, uma taxa de envelhecimento muito elevada e uma taxa de natalidade das mais baixas da região.

Apesar de todas as contrariedades e no ano financeiramente mais problematico a Casa do Povo de Santo Estevão é a vencedora do Campeonato do Algarve da I Divisão, Seniores Masculinos, em Futsal Época Desportiva 2009/10.

Agradecemos a todos, aos atletas, equipa técnica, patrocinadores, autarquias, equipa médica, socios, comunicação social,..., que nestes anos nos têm apoiado. O nosso muito Obrigado!

Convidamos todos a estarem presentes na Festa do Titulo, no dia 24 de Abril, pelas 19h, no Pavilhão Dr Eduardo Mansinho em Tavira, no jogo da ultima jornada do Campeonato do Algarve, frente á equipa da Casa de Benfica de VRSA.

Gratos pela atenção dispensada, os melhores cumprimentos

A Direcção

quarta-feira, 10 de março de 2010

STO. ESTEVÃO VOLTA A LIDERAR...


Jogou-se esta noite a segunda parte do jogo entre as equipas dos Putos da Rua e Sto. Estevão. Relembro que o jogo foi interrompido ao intervalo, devido ao mau estado em que o piso se encontrava, por ter chovido muito. Na altura da interrupção o resultado estava em 1-1. A equipa do Sto. Estevão puxou pelos galões de candidato e voltou à liderança da prova, com o resultado final a fixar-se em 1-5.
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PUTOS DA RUA- 1 STO. ESTEVÃO- 5
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Luis Barradas

segunda-feira, 8 de março de 2010

O QUE FALTA JOGAR...

O jogo entre as equipas dos Putos da Rua e o Sto. Estevão, que foi interrompido no passado fim de semana, devido ao mau tempo, chuvendo dentro do pavilhão. A partida encontrava-se no intervalo, com o resultado em 1-1. Ficou agendado para o próximo dia 10 de Março, Quarta-feira às 21:30 h, jogar a 2ª. parte do encontro. Jogo muito importante para as contas, no topo da classificação.
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Luis Barradas

segunda-feira, 1 de março de 2010

O QUE FALTA... AOS CANDIDATOS

Numa altura em que o campeonato entrou numa fase de grandes decisões, faltam 7 jornadas, 21 pontos em jogo, e de forma a que todos possam fazer a sua análise coloco as jornadas que faltam para os 4 candidatos (em meu entender). Entre o primeiro classificado e o quarto lugar existe uma diferença de 6 pontos.
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Começo pela equipa de Tomás Viegas "STO. ESTEVÃO":
Não tem uma tarefa muito fácil pela frente, ainda tem que defrontar os 3 directos concorrentes ao titulo Algarvio, recebendo estes em sua casa. Outro dos jogos bem complicados que tem pela frente é o jogo com os Putos da Rua (actual 5º. classificado - corre por fora), em casa deste.
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O QUE FALTA
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Putos da Rua FC - CP Santo Estevão
CP Santo Estevão - Desp. Sapalense Clube
União AC Lagos - CP Santo Estevão
CP Santo Estevão - CDR Pedra Mourinha
CP Santo Estevão - S. Pedro FC Faro
CAAF Alte - CP Santo Estevão
CP Santo Estevão - Casa Benfica VRSA

Classificação1º.
Jogos15
Pontos 32
Golos Marcados57
Golos Sofridos 32
Vitórias
10
Série de ultimos jogos - s/ perder
8
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A equipa orientada por Fernando Vasques "CASA BENFICA VRSA":
Depois de no fim-semana passado ter conquistado o 1º. lugar, marcou passo neste fim de semana, e tem igualmente tarefa complicada pela frente, joga frente a 2 candidatos, um dos quais um derby de Vila Real Sto. António. Além destes dois jogos, tem ainda duas deslocações que podem comprometer, Atalaia e Putos da Rua.
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O QUE FALTA
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GD Atalaia - Casa Benfica VRSA
Casa Benfica VRSA - CF «Os Armacenenses»
Putos da Rua FC - Casa Benfica VRSA
Casa Benfica VRSA - Desp. Sapalense Clube
União AC Lagos - Casa Benfica VRSA
Casa Benfica VRSA - CDR Pedra Mourinha
CP Santo Estevão - Casa Benfica VRSA

Classificação2º.
Jogos15
Pontos31
Golos Marcados
54
Golos Sofridos35
Vitórias
9
Série de ultimos jogos - s/ perder
9
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A eterna candidata e equipa de Carlos Juliano "S. PEDRO":
Até à 13ª. jornada esteve sempre na frente do campeonato, por muitos considerada a eterna candidata ao titulo Algarvio.
Teóricamente é dos 4 candidatos a que tem o melhor calendário, só defrontando um adversário directo, mas tem o derby de Faro frente à equipa da Atalaia. Mas como todos os jogos são complicados, não podem facilitar.
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O QUE FALTA
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União AC Lagos - S. Pedro FC Faro
S. Pedro FC Faro - ACDR Porches
CDR Pedra Mourinha - S. Pedro FC Faro
S. Pedro FC Faro - GD Atalaia
CP Santo Estevão - S. Pedro FC Faro
CF «Os Armacenenses» - S. Pedro FC Faro
S. Pedro FC Faro - CAAF Alte

Classificação3º.
Jogos15
Pontos31
Golos Marcados
50
Golos Sofridos
34
Vitórias
9
Série de ultimos jogos - s/ perder
1
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A equipa de António Gonçalves "SAPALENSE":
Tem feito um campeonato em ascensão mas na ultima jornada teve um precalço, um dos maiores exemplos em como todos os jogos contam e são de grau de dificuldade elevado. Com um calendário complicado, jogando com dois adversários directos em casa destes e um desses jogos é o derby de Vila Real Sto. António. Recebe ainda a equipa da Atalaia.
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O QUE FALTA
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Desp. Sapalense Clube - CDR Pedra Mourinha
CP Santo Estevão - Desp. Sapalense Clube
Desp. Sapalense Clube - CAAF Alte
Casa Benfica VRSA - Desp. Sapalense Clube
Desp. Sapalense Clube - CO Pechão
ACDR Porches - Desp. Sapalense Clube
Desp. Sapalense Clube - GD Atalaia

Classificação – 4º.
Jogos – 15
Pontos – 26
Golos Marcados – 60
Golos Sofridos – 52
Vitórias – 8
Série de ultimos jogos - s/ vencer –
1
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CURIOSIDADES DO CAMPEONATO
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Melhor ataque do campeonato – Putos da Rua – 61 golos
Melhor defesa do campeonato – Sto. Estêvão – 32 golos
Pior ataque do campeonato – Atalaia – 34 golos
Pior defesa do campeonato – Porches – 81 golos
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Luis Barradas

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A MINHA VISÃO...

DISTRITAL – 1ª. DIVISÃO
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Num Campeonato de grande emoção e de grande equilíbrio, à entrada para a 15ª. Jornada temos 4 equipas bem colocadas na luta pelo título Algarvio e respectiva ascensão à 3ª. Divisão Nacional.
A “Casa Benfica VRSA”, assumidamente candidata e a fazer um campeonato de grande segurança, com jogadores experientes, e a desenvolver um Futsal de qualidade, chegou ao 1º. Lugar e parece não querer vacilar. Uma equipa muito bem orientada por Fernando Vasques, que sabe o que quer.
Outro dos grandes candidatos é o “Sto. Estêvão”, numa aposta clara num dos treinadores mais experientes do Algarve Tomás Viegas. A equipa tem tido altos e baixos, devido também à inexperiência dos seus jogadores, mas nos últimos jogos encontrou o equilíbrio, conseguindo até algumas goleadas.
O 3º. Candidato é a equipa do “S. Pedro”, todos os anos, renasce esta equipa orientada por Carlos Juliano, fez uma grande primeira volta, sempre na frente do campeonato, mas nas ultimas jornadas quebrou frente a dois directos adversários ao titulo, mas desta equipa tudo se pode esperar, parece ter 7 vidas.
O 4º candidato é a equipa do “Sapalense”, por muitos inicialmente o principal favorito ao titulo Algarvio, por ter sido a equipa que desceu dos nacionais. Com um inicio de campeonato intermitente e a fazer um campeonato de trás para a frente, chegou-se ao topo da tabela e parece querer mostrar que têm que contar com a formação de António Gonçalves.
A 8 jornadas do final do campeonato, encontra-se tudo em aberto, com equipas do meio da tabela a jogarem por fora mas com grande importância para o desfecho do campeonato.
Espero que todos os intervenientes saibam desfrutar deste momento, pelo qual o Futsal Algarvio atravessa, sem questões extras a mancharem o que falta para o término do campeonato.
Para os melhores jogos, ou seja, para os jogos de maior importância, devem ser nomeados os melhores árbitros, e que estes consigam passar despercebidos e que não queiram ser os principais intervenientes no jogo, esses são os jogadores e treinadores.
Para bem da nossa modalidade, para que o Futsal Algarvio evolua temos que ter melhor formação, tanto a nível de jogadores, treinadores, dirigentes e árbitros.
Desejo sorte aos intervenientes.

Luis Barradas

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

ENTREVISTA A TOMÁS - TREINADOR STO. ESTEVÃO

NOME: Tomás Viegas

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Hoje o grande entrevistado é Tomás Viegas, treinador da equipa do Sto. Estevão, actual 3º Classificado do Distrital da 1ª. Divisão, numa conversa sóbria e demonstrativa do seu grande conhecimento da nossa modalidade.


A equipa do Sto. Estêvão fez uma aquisição de peso, ter um treinador com a experiencia do Tomás é sempre um incentivo para qualquer jogador. Para os adversários o Sto. Estêvão é um dos candidatos ao título Algarvio.


O que podemos esperar deste Sto. Estêvão renovado?

TOMÁS: Em qualquer equipa que está em construção é preciso tempo para que as ideias sejam assimiladas é uma equipa muito jovem que aos poucos vai crescendo, em relação a ser candidato é bom sinal que os adversários reconheçam que existe alguma qualidade mas falta alguma experiencia para poder assim ser considerado no entanto as contas fazem-se no fim do campeonato.

Para um técnico com vários anos de experiência nos Campeonatos Nacionais, que mudanças notou no Distrital?

TOMÁS: Devido a andar vários anos no Nacional não tenho um conhecimento muito profundo do distrital tinha poucas hipóteses de poder acompanhar este campeonato porque quando podia ver alguns jogos como é lógico preferia observar equipas do meu campeonato por isso vi poucos jogos mas tem obrigação de estar melhor a maioria das equipas têm formação e esse é o futuro a modalidade já não é o que era!

O Sto. Estêvão está em 3º. Lugar e para muitos dos adversários é visto como um sério candidato ao Titulo Algarvio, muitos dizem que a mais valia desta equipa é a experiencia do Tomás. Na perspectiva do Tomás tem algum fundo de verdade esta afirmação?

TOMÁS: Em tudo na vida a experiencia ajuda! Eu tento transmitir essa experiência no dia a dia na maneira como treinamos e tentando que eles acreditem naquilo que se treina e nisso estou bastante contente porque eles estão a colaborar.
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Quais as maiores dificuldades que tem sentido neste campeonato? O Sto. Estêvão tem feito um início de campeonato com altos e baixos, ainda está numa fase de adaptação?

TOMÁS: Até aqui tem sido a consolidação de processos o que provoca alguns desequilíbrios e a mentalidade de alguns atletas que devem encarar todos os jogos de uma maneira séria. Jogar no erro tem menos riscos que assumir o controlo do jogo aquilo que os mais experientes conseguem fazer como é uma equipa muito jovem e que se está a habituar a novos processos daí alguns altos e baixos.

A maior parte das equipas do Distrital joga em 3x1, muito poucas utilizam o 4x0, será por não terem rotinas / ou não terem o conhecimento ideal para a utilização do 4x0. Digo isto porque, também vejo que quem joga em 3x1, utiliza um pivot móvel que muitas vezes cai numa ala. Será que o pivot está em vias de extinção ou é também uma evolução dessa posição específica?

TOMÁS: Eu penso que uma equipa deve ter o seu modelo de jogo levando em conta também as características dos seus jogadores por outro lado o 3x1 em termos defensivos dá mais garantias talvez também seja por falta de rotinas porque o distrital é jogado por a maior parte das equipas no erro. Mas penso que no futuro irá ser mais dividido porque a formação se for bem trabalhada vai formar jogadores para os dois sistemas de jogo.
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O Campeonato deste ano está muito equilibrado, mas o equilíbrio não é sinónimo de qualidade. Em sua opinião é um campeonato nivelado, mas de qualidade ou por baixo?

TOMÁS: Não digo que seja mais nivelado por baixo mas todos nós amantes da modalidade temos que fazer com que cada vez seja mais competitivo porque quanto mais competitivo melhor preparadas vão as equipas para o Nacional e mais adeptos certamente irão encher os pavilhões.

O Tomás vem de um clube que aposta claramente na formação e o maior exemplo são os atletas na equipa sénior formados no clube. O Sto. Estêvão está preparado para também começar essa aposta? Que precisa para arrancar com os escalões de formação? Sei que têm uma equipa de escolas.

TOMÁS: O Santo Estêvão tem alguns jogadores que vêm da formação é pena que não existam mais escalões mas o Presidente optou por começar do inicio ou seja por o escalão de escolas o que em termos de equipa sénior terá que durante alguns anos reforçar-se com jogadores formados noutros clubes o que certamente implicará mais custos.

Os projectos muitas vezes carecem dos apoios Institucionais mas cada vez mais de particulares / empresas. Que apoios têm e quais a vossas maiores necessidades?

TOMÁS: Estou há pouco tempo no clube ainda não tenho um conhecimento profundo desses apoios mas sei que não são muitos espero que futuramente seja melhor para que o clube possa dar mais e melhores condições isto está difícil para todos faço votos que melhores dias venham.

Em termos de Autarquia, que apoios têm? Como é a situação em termos de infra-estruturas?

TOMÁS: A autarquia é o grande suporte da modalidade como certamente também o é nos outros clubes em relação a infra-estruturas o pavilhão é municipal temos um problema que é só poder treinar ás 21.30 h. e temos uma sede que essa sim é das melhores do Algarve.
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O Futsal Algarvio está diferente, que análise o Tomás faz?

TOMÁS: Está diferente para melhor espero que evolua cada vez mais em qualidade em infra-estruturas desportivas em arbitragem que apareçam mais valores para que em todos os jogos estejam os três árbitros para evitar que a equipa da casa tenha que arranjar um elemento para a mesa que por vezes não domina bem o controlo do tempo o que por vezes provoca bocas que em nada beneficiam a modalidade espero que os jovens optem por esta modalidade deveras apaixonante bem haja para todos os amantes da modalidade.
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Existem duas divisões nos distritais, parece existir um grande desnível, nas equipas. Os nossos campeonatos estão bem estruturados?
Todos os anos aparecem e desaparecem equipas, isso também não é benéfico.


TOMÁS: Uma divisão só ainda tinha mais desnível assim acho que está correcto as equipas mais fracas descem e sobem as melhores da segunda divisão. Quanto as equipas que aparecem e desaparecem são aqueles que pensam que o futsal ainda é o que era e depois não conseguem os objectivos e acabam esses não fazem falta a modalidade quem faz falta é quem quiser dar continuidade aquilo que os que cá estão tentam fazer ou seja fazer crescer a modalidade apostando na formação.

Ao fim de 9 jornadas e faltando ainda tanto para o término do mesmo, quem são as equipas que se apresentam em melhores condições para lutarem até ao fim pelo titulo Algarvio?

TOMÁS: S. Pedro , Casa Benfica e Atalaia.
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Estamos bem representados nos campeonatos nacionais?

TOMÁS: Acho que sim e espero que no futuro possa ser melhor em quantidade e qualidade.


Numa sequência de perguntas e respostas rápidas:

Qual o melhor treinador português?

TOMÁS: Orlando Duarte

Qual o melhor treinador Algarvio?

TOMÁS: Tacticamente: Xabregas - Mais audaz: Rosa Coutinho

Qual o melhor jogador Português?

TOMÁS: Ricardinho

Qual o melhor jogador Algarvio?

TOMÁS: Pedro Cary

Qual a melhor equipa Algarvia?

TOMÁS: Albufeira futsal

Quem vai ser campeão Distrital?

TOMÁS: É difícil não existe uma equipa muito superior às outras

Existe algum jogador Algarvio em condições para jogar num grande?

TOMÁS: Pedro Cary e Paulinho já jogam ao mais alto nível
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Agradeço a disponibilidade do Tomás.

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Luis Barradas